É considerado um dos melhores atletas portugueses de todos os tempos. A nível interno foi extraordinário com inúmeras conquistas, mas um dos momentos mais altos foi a medalha de prata nos cinco mil metros, no mundial de 1987 em Roma – Itália. Em Moçambique para organizar a primeira meia-maratona internacional, Domingos Castro assistiu o último campeonato nacional de atletismo, viu muito talento e não só: os atletas precisam de apoio a vários níveis.
Foram 25 anos dedicados ao atletismo com presenças em eventos mundiais e continentais: Domingos Castro e seu irmão gémeo, Dionísio, foram extraordinários como atletas, o que levou o Governo de Guimarães a construir uma pista de atletismo com o nome ?GEMEOS CASTRO? em reconhecimento àqueles que inspiraram muitos jovens nos anos 80 e 90.
Já em Moçambique há mais de uma semana, um dos melhores atletas portugueses da historia foi a tempo de assistir o campeonato nacional de atletismo, havido muito recentemente no parque dos continuadores e, tal e qual sucedeu quando viu pela primeira vez a Lurdes Mutola, Domingos Castro diz que o país continua com muito talento que deve ser, no entanto, devidamente ?explorado?.
O antigo maratonista não só viu potencialidades, como também detectou alguns erros que minimizam o crescimento desportivo dos atletas: ?Apoio a vários níveis?!
?Fiquei realmente surpreendido com os atletas que vi. Tem talento acima do normal mas a verdade é que se não tiverem apoio, não irão a lado nenhum. Sem apoio não se chega longe? argumentou.
Castro em Maputo para organizar meia-maratona
Medalha de prata no campeonato do mundo de 1987 em Roma na Itália nos cinco mil metros, Domingos Castro tornou-se um especialista em organizar meia-maratonas. O projecto já escalou outros países africanos com destaque para Angola, no próximo dia 16 de Setembro será a vez da cidade de Maputo.
Serão 21km e 0.94 metros de distância. Países como Etiópia e Kenya, dois ?monstros? mundiais nesta modalidade são dados como certos na primeira meia maratona internacional da cidade de Maputo.
Para além de países africanos, a Espanha também estará representada.
Domingos Castro diz que estarão atentos aos melhores atletas nacionais, até porque uma das metas é criar bolsa de apoio aos que mostrarem condições de atingir níveis internacionais.
?A organização da meia maratona estará focada e uma das nossas metas é apoiar os atletas com potencial e mostrarem que podem chegar mais além. E mais do que isso, mostrem capacidade para o efeito. Desde a primeira hora dissemos que a organização, em parceria com a Federação Moçambicana de Atletismo, vão disponibilizar bolsa para apoiar um e outro atleta, ajudando-o a chegar mais longe? disse Domingos, sem revelar quantos atletas irão se beneficiar muito menos os moldes do apoio.
Para a realização da primeira meia-maratona internacional, a organização reuniu com vários intervenientes com o propósito de viabilizar o evento, um dos quais o governo que, entretanto, mostrou-se disponível a ajudar dentro das suas capacidades.
Devido a necessidade de internacionalizar a meia-maratona, trazendo os melhores atletas à capital mocambicana, os organizadores viram-se obrigados a recorrer a privados para cobrir as despesas do evento.
Resultados da primeira meia-maratona vai–nos levar à segunda
Antes mesmo da realização da primeira edição, Domingos Castro já projecta a segunda, acreditando que os resultados do evento do próximo dia 16 de Setembro serão fundamentais para as próximas edições.
?Estamos satisfeitos e optimistas. Para o ano julgo que o governo vai olhar para a meia-maratona doutra forma? vaticina o português que pretende, também, capacitar moçambicanos para organizarem as próximas edições sem precisar de ?importar? capital humano para o efeito.
?Para este ano vamos trazer algumas pessoas que já trabalham connosco, ou seja, que estão neste projecto já há algum tempo. O que nós queremos é preparar os nacionais para que futuramente não precisemos de estrangeiros para o efeito? referiu.
Sucesso dos gémeos Castro foi agraciada com uma pista em Guimarães
Entretanto, Domingos Castro que tem um irmão gémeo chamado Dioniso Castro, com quem partilha uma história invejável no atletismo português e que ficaram conhecidos como Gémeos Castro, viu a Câmara Municipal de Guimarães, através do seu presidente, António Magalhães, erguer uma pista de atletismo de raiz e designá-la GEMEOS CASTRO em homenagem aos dois atletas.
A pista foi inaugurada a 2 de Março de 2002 e é considerada uma das mais modernas infraestruturas desportivas daquele país europeu.
Ocupando uma área total de 18.300 m2, está dotada com oito corredores em piso sintético e equipada para todas as modalidades do atletismo e tem a capacidade para 1200 pessoas.
?Fico muito agradecido por essa homenagem. Sempre achei justo que as pessoas sejam homenageadas em vida. Felizmente fomos os privilegiados. Nossa cidade lembrou-se de nós e estou orgulhoso? disse, acrescentando que dá-lhe sempre uma satisfação indiscritível sempre que se faz à pista Gemeos Castro.