Um ataque terrorista em duas mesquitas na Nova Zelândia provocou 40 mortos e mais de 20 feridos.
As autoridades avançaram que detiveram quatro pessoas em conexão com os ataques nas mesquitas e que após os tiroteios desactivaram explosivos que se encontravam num carro no centro da cidade de Christchurch.
Os tiroteios foram reivindicados por um australiano que se identificou como Breton Tarrant e que transmitiu em directo o momento do ataque. Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes no qual procurou justificar as ações, escreve a imprensa internacional.
As imagens mostram o momento em que o suspeito se dirigiu à mesquita de Al Noor, saiu do carro e disparou contra um veículo que passava. Depois dirigiu-se à entrada da mesquita e matou uma pessoa que se encontrava à porta.
Assim que entrou na mesquita, Brenton começou a disparar a arma semiautomática de forma indiscriminada. Segundo o jornal New Zealand Herald, uma das vítimas tentou fugir depois de ser atingida pelas balas, mas o atirador não a deixou escapar e disparou continuamente até a matar.
Para impedir que alguém saísse da mesquita com vida, o suspeito posicionou-se no corredor principal e disparou contra tudo e todos.
Quando acabaram as munições, o homem dirigiu-se ao carro, recarregou a arma e regressou ao interior da mesquita continuando a disparar, só saindo quando não havia ninguém com vida.
O vídeo termina com o suspeito a abandonar o local no seu carro.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinta Ardern, considerou o ataque um dos dias mais negros do país.
"Um acto de violência sem precedentes que não tem lugar na Nova Zelândia", disse.
A primeira-ministra disse que muitas pessoas afectadas podem ser migrantes ou refugiadas.
Os ataques aconteceram nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.
Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.