Segundo o ministro francês, Gérard Collomb, França vai continuar a acolher refugiados mas vai limitar a entrada de imigrantes económicos, escreve a RTP Notícias.
"Cem mil pessoas apresentaram pedidos de asilo e outras 85 mil tentaram entrar, mas não foram admitidas. É impossível acolher dignamente 185 mil pessoas por ano", sublinhou.
Segundo o Governo, a nova lei de asilo e imigração visa melhorar o acolhimento e acelerar a integração dos refugiados, mas várias organizações não-governamentais criticam a futura legislação pelos limites ao acolhimento.
França, que tem milhares de imigrantes a viver em acampamentos ou centros em Calais (norte) e em Paris, vai aumentar 1.300 camas nos centros de acolhimento, atualmente com capacidade para albergar 80.000 pessoas. A maioria (900) das novas camas será para a região de Paris.
A nova política de imigração vai ser explicada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, numa visita prevista para terça-feira a Calais, a "Selva" que durante décadas recebeu milhares de migrantes que pretendiam chegar ao Reino Unido e que se tornou um símbolo dos problemas gerados pela imigração ilegal.