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Associação dos Árbitros criada para defender homens do apito

Foto: FMF

Arão Júnior é o primeiro presidente da Associação Moçambicana de Árbitros de Futebol, AMAF, criada em Março e cuja direcção tomou posse esta terça-feira. É uma organização que foi criada para defender os interesses da classe dos árbitros, bem como melhorar a sua actuação nos relvados.

Há muito que os árbitros são o centro das reclamações das equipas nacionais, quer no Moçambola quer nos campeonatos provinciais e até nas camadas de formação.

Exemplo foi a conferência de imprensa organizada pelo Costa do Sol, na passada terça-feira, para reclamar e acusar os árbitros que ajuizaram os jogos diante do Ferroviário de Quelimane e Black Bulls, respectivamente, nas duas primeiras jornadas.

Enquanto a CNAF, Comissão Nacional dos Árbitros de Futebol, apenas nomeia os homens do apito para cada jogo, sem olhar para assuntos de interesse dos árbitros, a Associação Moçambicana de Árbitros de Futebol vai defender os interesses dos homens do apito nas diferentes vertentes.

Constituído legalmente a 9 de Março passado por despacho da Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Khida, o organismo será presidido pelo antigo árbitro de futebol e delegado da COPAF da Cidade de Maputo, Arão Júnior, eleito para dirigir a agremiação pelos próximos 5 anos.

Mas foi esta terça-feira, 25 de Abril, que a direcção da Associação Moçambicana Árbitros de Futebol (AMAF) foi empossada, na sede da Federação Moçambicana de Futebol.

Segundo o presidente da organização, Arão Júnior, citado pelo Olho Clínico, a associação é um organismo associativo que vem para lutar pela defesa dos interesses dos árbitros e dos antigos árbitros, de modo a que a classe seja menos falada.

Explicando sobre a acção da AMAF, Arão Júnior disse que “a nossa acção incidirá sobre a melhoria da qualidade da arbitragem em Moçambique, de modo a que os árbitros cometam cada vez menos erros”, sendo que para isso a agremiação vai trabalhar na componente psicológica da classe.

Estas acções da Associação Moçambicana de Árbitros de Futebol não vão entrar em conflito com a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol, uma vez que são organismos diferentes na actuação, apesar de trabalharem para as mesmas pessoas.

“A AMAF não veio para disputar o lugar com ninguém, nem com a CNAF. Aliás, ela (CNAF) tem a missão de gerir a arbitragem dos jogos das provas nacionais, no que diz respeito à nomeação e realização de análises técnicas da actuação dos árbitros. Nós, como associação, trabalharemos com os árbitros na sua componente social, querendo melhorar a qualidade do trabalho deste profissional indispensável no futebol”, explicou Arão Júnior ao Olho Clínico.

Para já, a AMAF é um órgão que tem o aval da direcção da Federação Moçambicana de Futebol, uma vez que o respectivo presidente, Feizal Sidat, esteve presente na tomada de posse da nova direcção.

Faizal Sidat enalteceu a criação da AMAF, que, segundo disse, vai contribuir para a dignificação de um profissional que, mesmo sendo a figura central de um jogo, a sua função tem alimentado polémicas a cada falta assinalada.

E desafiou os novos dirigentes para reflectirem e definirem o perfil do árbitro moçambicano.

“Vocês devem discutir isso e dizerem-nos o que é que querem. Ademais, digam-nos que modelo de formação de árbitros mais se adequa à nossa realidade e como pretendem que as acções de formação sejam feitas. É este o desafio que vos lanço”, disse Feizal Sidat, citado pelo Olho Clínico.

Já Amílcar Jussub, presidente da Associação de Futebol da Cidade de Maputo, entidade que apadrinhou a criação deste organismo, instou a direcção da AMAF a dignificar a classe de arbitragem pois, segundo referiu, “o sucesso do futebol moçambicano também depende da existência de bons árbitros”.

Assim, o primeiro grande desafio da Associação Moçambicana de Árbitros de Futebol foi lançado pelo Costa do Sol, que acusou os árbitros Fernando Júnior e Filimão Correia de terem prejudicado a equipa nos embates da primeira e segunda jornadas do Moçambola 2023, diante do Ferroviário de Quelimane e Black Bulls, respectivamente.

Recorde-se que nos dois jogos os “canarinhos” foram derrotados pelo mesmo resultado de 1-0 e são, por isso, lanternas vermelhas da competição, sem nenhum ponto e sem nenhum golo.

 

ANÍBAL MANAVE É CANDIDATO ÚNICO PARA A SUA SUCESSÃO NA FIBA-ÁFRICA

A capital do país será palco, nos dias 9 e 10 de Junho próximo, do Congresso Ordinário da FIBA-África, órgão gestor do basquetebol africano. Trata-se de uma reunião magna que, além de debater sobre a vida do basquetebol africano, vai servir para a eleição dos corpos directivos.

Na ocasião, serão debatidos pelas 54 associações-membros os relatórios de actividade e de contas no quadriénio 2019–2023, o orçamento e o plano de actividades para o quadriénio 2023–2027 e outros assuntos de interesse da modalidade no continente negro.

Relativamente ao acto eleitoral, a única certeza é de que a concorrência da presidência ficou reduzida a apenas um candidato, no caso concreto o moçambicano Aníbal Manave, actual presidente da FIBA, que vai concorrer para a sua própria sucessão.

O facto foi dado a conhecer aos presidentes das 54 federações-membros desta entidade, numa nota distribuída pelo organismo que gere a modalidade ao nível continental e assinada pelo respectivo secretário-geral, Alphonse Bilé.

Assim, estão criadas condições para a reeleição de Aníbal Manave para mais um mandato na presidência da FIBA-África, depois de ter sido eleito em Junho de 2019 para o quinquénio 2019–2023, num congresso que teve lugar em Bamako, capital do Mali.

Aníbal Manave é antigo jogador e treinador de basquetebol, tendo também sido comissário e presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol, de 1997 a 2005. Quando deixou a presidência da FMB, Manave foi eleito presidente da Zona VI da FIBA África, e mais tarde eleito presidente do Comité Olímpico de Moçambique, em 2017, cargo que ocupa em simultâneo com a presidência da FIBA-África.

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