Moçambique terá uma refinaria com capacidade para a produção de 200 mil barris por dia de combustíveis líquidos. De acordo com o Presidente da República, o empreendimento deverá ser implementado em 24 meses.
Uma refinaria com capacidade para produzir gasolina, gasóleo, nafta e jet A1, para abastecer o mercado nacional e regional, poderá ser instalada no país, na sequência da assinatura de um memorando de entendimento.
Com capacidade para processar 200 mil barris por dia de combustíveis e o respectivo armazenamento, a infra-estrutura vai tornar Moçambique um actor relevante nos combustíveis líquidos, segundo avança o Presidente da República.
“Este projecto, a ser implementado num período máximo de 24 meses, permitirá o acréscimo da capacidade de armazenagem em 160 mil toneladas métricas para combustíveis líquidos e 24 mil toneladas métricas para GPL – Gás de Petróleo Liquefeito”, disse o Chefe de Estado.
Um outro acordo entre Moçambique e Zâmbia vai permitir a criação de um gasoduto entre as cidades da Beira, no centro do país, e Ndola, na Zâmbia.
“Com a previsão de comissionamento dentro de 4 anos e um investimento de cerca de 1.5 biliões de dólares norte-americanos, o gasoduto terá a capacidade para o transporte de 3.5 milhões métricos de toneladas por ano e engloba a construção de infraestruturas de armazenamento em ambas províncias, portanto, província de Sofala, na cidade da Beira, e Ndola, na Zâmbia”, explicou.
Estas novidades foram apresentadas, nesta quarta-feira, em Maputo, pelo Chefe de Estado, na Conferência e Exposição de Mineração e Energia. No evento, Daniel Chapo reiterou que o projecto de gás Rovuma LNG avança em 2026.
“Esforços estão sendo levados a cabo no sentido de, ao longo do próximo ano, arrancarmos com o Projecto Rovuma LNG, Gás Natural Liquefeito, avaliado em 27 biliões de dólares, que está sendo liderado pela ExxonMobil”.
Enquanto, o Coral Sul, projecto liderado pela Eni, na Bacia do Rovuma, já exportou mais de 117 carregamentos de gás desde que arrancou em 2022.