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“As cidades africanas estão cada vez mais sufocantes”

Decorreu em Marrocos  a oitava cimeira Africities, que tinha como pano de fundo o desenvolvimento sustentável das cidades africanas.

"As cidades africanas estão cada vez mais sufocantes. Segundo os peritos, a população vai passar de quinhentos milhões a mil milhões de pessoas em 2040. Uma previsão alarmante que impõe a criação de novas políticas para as cidades africanas. A Urbanização, a gestão dos fluxos migratórios e o aumento da temperatura global são alguns dos desafios abordados por vários representantes africanos, em Marraquexe, Marrocos, no âmbito da oitava cimeira Africities", afirmou Wahany Johnson Sambou, correspondente do canal AfricaNews, citado pela Euro News.

O Presidente da câmara da capital do Senegal, Soham Wardini, disse durante a cimeira que o nível do mar, em Dakar, subiu o que poderá vir a provocar cheias.

"Problemas como a erosão costeira e outros desafios obrigam-nos a fazer cimeiras, como esta, para aprendermos uns com os outros e contribuirmos para o debate, de modo a fazermos mudanças positivas nos vários países", disse Wardini.

Foi igualmente debatido na cimeira a questão da inclusão social dos migrantes que é vista pela ONU como uma das prioridades e que as mudanças passam por novas políticas energéticas, urbanísticas e migratórias.

"É preciso uma mudança de narrativa, o desenvolvimento de novos contactos e a criação de um novo espaço que facilite a integração e a inclusão social", disse Giulia Lavigna, representante da ONU para as questões da Habitação.

Sobre a questão da independência dos países africanos foi acordado que as parcerias entre os países do sul são o caminho a seguir.

O secretário-geral da UCLG África, Jean-Pierre Elong Mbassi, é da opinião de que para se obter independência financeira, um dos projectos em curso passa pela união dos esforços de várias instituições como o Banco Africano de Desenvolvimento e o Fundo Africano para o Desenvolvimento Urbano.

"Trata-se de uma capitalização de vinte milhões de euros que vai captar entre quinhentos milhões e mil milhões no mercado financeiro. Todos os mecanismos estão a ser implementados. As primeiras operações deverão acontecer por volta de 2021", explicou Mbassi.

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