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Arranca na quinta-feira 8ª ronda de vacinação contra pólio em todo o país

Inicia-se, no dia 15 deste mês, a oitava ronda da campanha de vacinação contra a poliomielite em todo o país, prevendo-se abranger mais de 19 milhões de crianças. O objectivo é travar a propagação da doença, sem cura, num contexto em que há mais de 30 crianças infectadas.

Com 33 casos da poliomielite identificados no ano passado, nas províncias de Tete, Zambézia, Manica e Cabo Delgado, o país vai à oitava ronda da campanha de vacinação a partir do dia 15 deste mês.

“Esta campanha, à semelhança das outras, vai decorrer em quatro dias e está destinada, desta vez, a crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade de todas as províncias do país. Estamos a falar de um grupo-alvo estimado em 19 978 803 crianças e adolescentes, que serão vacinados nesta ronda de vacinação”, revelou Benigna Matsinhe, directora nacional adjunta de Saúde Pública.

Esta ronda de vacinação vai custar cerca de sete milhões de dólares aos cofres do Governo e parceiros do Ministério da Saúde.

“Temos cerca de 27 mil equipas que vão estar envolvidas no processo, o que implica cerca de 115 mil pessoas que vão ajudar-nos a realizar esta campanha. Neste grupo, temos vacinadores, mobilizadores, supervisores, coordenadores, digitadores de dados, logísticos, monitores independentes e parceiros. Portanto, é uma equipa vasta de pessoas com diferentes funcionalidades que estarão envolvidas nesta oitava ronda”, detalhou a directora nacional adjunta de Saúde Pública.

Porque alguns casos de pólio são importados, a campanha de vacinação poderá decorrer, também, em zonas fronteiriças.

“Para esta ronda, iremos, também, trabalhar nas zonas de fronteira entre Malawi, Zimbabwe, Zâmbia e Tanzânia. Teremos equipas que estarão lá para vacinar as crianças que se encontram naquelas zonas e que circulam de um país para o outro, tendo em conta que as nossas fronteiras são porosas”, justificou Benigna Matsinhe.

A administração da vacina é oral e a vacinação vai decorrer em postos fixos, porta à porta, escolas e outros locais de concentração populacional.

O Ministério da Saúde diz que a toma de outras vacinas não impede a vacinação contra a poliomielite.

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