Três partidas marcam, esta quarta-feira, 1 de Junho, a fase de qualificação para o Campeonato Africano das Nações (CAN 2023).
O Estádio 11 de Novembro, em Luanda, será o palco do confronto entre Angola e a República Centro Africana, válido para a jornada inaugural das eliminatórias do Grupo E, de acesso à Taça de África das Nações (CAN), próximo ano, na Costa do Marfim.
Começar a vencer é a palavra de ordem no seio dos “Palancas Negras” que, nos últimos dias, privilegiaram, nas sessões de treino, os processos inerentes ao sistema táctico e a estratégia do futebol pretendido para anular o adversário de estreia. O seleccionador nacional de Angola, Pedro Gonçalves, aproveitou os ensaios para corrigir alguns detalhes no posicionamento da equipa e na movimentação colectiva e individual dos jogadores. Pedro Gonçalves avaliou, ainda, os jogadores que devem merecer a confiança, esta quarta-feira, para povoar os sectores, muito provavelmente, assentes no sistema 4X3X3.
Pelo que faz perceber o seleccionador nacional, os Palancas Negras devem apresentar-se diante da RCA, quarta-feira, com o seu “melhor onze” dos últimos tempos. Ou seja, Pedro Gonçalves dá sinais claros de pretender conservar, nos titulares, os jogadores que formam o “núcleo duro” da Selecção.
A alimentar tal prognóstico, está o facto de 95% dos jogadores utilizados nos titulares, durante a campanha ao Mundial do Qatar, estarem disponíveis e às ordens do seleccionador, à excepção de Zine, lesionado.
No último “onze” de Pedro Gonçalves, alinharam Hugo Marques, à baliza, Kialonga Gaspar e Buatu, no centro da defesa, Eddie Afonso, na lateral-direita, e Tó Carneiro, à esquerda. No meio-campo, jogaram Estrela, Megue, Mário Balbúrdia e Hélder Costa, enquanto Zine e Ary Papel estavam no ataque.
Para o embate de estreia da corrida ao CAN da Costa do Marfim, é provável que o seleccionador venha a apostar na mesma equipa, com a particularidade de Gelson Dala ocupar a vaga de Zine, formando a parelha atacante com Ary Papel. Ainda assim, não está colocada de lado a probabilidade de o seleccionador efectuar algumas inovações ao “onze”, relegando Mário Balbúrdia para o banco de suplentes e promovendo o experiente Show para o seu lugar.
Noutra partida agendada para esta quarta-feira, o Gana mede forças com Madagáscar. À partida, as “Estrelas Negras”, nome de guerra do Gana, partem como principais favoritas a alcançarem a vitória, sobretudo porque jogam em casa. Mas atenção que o Madagáscar tem registado um grande crescimento e melhorias.
Só para se ter uma ideia da sua evolução, o Madagáscar foi a primeira selecção a garantir um lugar na fase final do Campeonato Africano das Nações de 2019, prova na qual atingiu os oitavos-de-final. Os malgaxes terminaram no segundo posto do Grupo A, com 10 pontos, menos seis em relação ao líder Senegal. Esta é a primeira vez que a selecção de futebol do Madagáscar vai estar entre os melhores de África. O feito é ainda mais extraordinário se tivermos em conta que Madagáscar é a única, das selecções apuradas, que teve de disputar as pré-eliminatórias.
A contar para o grupo “J”, a Líbia recebe o Botswana, num duelo em que os líbios vão procurar capitalizar o factor casa para saírem com os três pontos.
RCA JOGA EM LUANDA
A República Centro Africana vai fazer os seus jogos caseiros em casa emprestada, neste caso, no Estádio 11 de Novembro, em Angola.
Em causa, está o facto de os estádios da República Centro Africana não terem sido aprovados pela CAF, para jogos internacionais, devido ao mau estado de conservação, segundo o vice-presidente da Federação Angolana de Futebol, José Carlos Miguel.
O responsável disse que o pedido da Federação de Futebol da RCA para que o jogo fosse realizado em Luanda foi aceite pelo órgão do futebol angolano.