O País – A verdade como notícia

Presidente do Brasil efectua visita de trabalho a Moçambique

O Presidente da República, Daniel Chapo, recebe o homólogo da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que efectua, a partir de hoje uma visita de trabalho de dois dias à República de Moçambique, em resposta ao convite formulado pelo Chefe do Estado. A visita insere-se no quadro

Moçambique e Zimbabwe  inauguraram hoje uma nova etapa nas suas relações bilaterais  com a realização da 1ª Sessão da Comissão Binacional, que substitui o  antigo mecanismo de Comissões Mistas. Presidida pelos Chefes de Estado Daniel Chapo e Emmerson  Dambudzo Mnangagwa, o encontro resultou em decisões estratégicas, que tem como objextivo a eliminação de barreiras ao comércio, a  livre circulação de pessoas e bens e a aceleração de projetos de infra-estruturas, energia e segurança, incluindo o apoio do  Zimbabwe na luta contra o terrorismo.

A sessão, realizada em Maputo no âmbito da Visita de Estado do  Presidente Mnangagwa, permitiu aos dois governantes reforçar a  coordenação política e económica entre os dois países e consolidar  um novo ciclo de cooperação bilateral. 

Os estadistas assinalaram que as deliberações da Comissão Binacional  representam um avanço significativo na integração económica, na  concertação estratégica e na dinamização de sectores prioritários  como transportes, energia, agricultura, recursos minerais e segurança. 

Durante a abertura dos trabalhos, o Chefe do Estado referiu que a sessão marca o início de uma  nova dinâmica de cooperação bilateral em áreas estruturantes,  sublinhando que a visita do homólogo constitui “mais uma  oportunidade de reforçar as relações históricas de irmandade,  amizade, solidariedade entre os povos moçambicano e do Zimbabwe,  e a cooperação que une Moçambique e Zimbabwe”, além de  imprimir “uma nova dinâmica de cooperação bilateral”. 

O estadista acrescentou que o Governo moçambicano mantém  disponibilidade […] em continuar a cooperar com a República do  Zimbabwe em prol do desenvolvimento económico dos dois países e  do bem-estar social de ambos povos, apontando os corredores da  Beira e de Maputo como eixos essenciais para o impulso logístico e  comercial entre as duas nações.

O Presidente Mnangagwa, por sua vez, afirmou que o Zimbabwe reconhece e valoriza altamente a excelência das relações com  Moçambique, salientando ainda a forte convergência histórica,  cultural e comunitária que une os dois países. Sublinhou que estes  contactos regulares têm permitido aprofundar a compreensão mútua  e promover “o movimento de relações bilaterais fortes e excelentes”,  vincando que os resultados da cooperação devem beneficiar  directamente as populações de ambos os países. 

Mnangagwa adiantou que o Zimbabwe está “pronto para colaborar  com Moçambique em projectos juntos cujo impacto ascende além dos  nossos países”, mencionando iniciativas ligadas à infraestrutura  energética, ao porto de águas profundas e à modernização da rede  de trânsito, consideradas essenciais para impulsionar o  desenvolvimento económico regional. 

Na conferência de imprensa conjunta, Chapo destacou  o simbolismo da visita, coincidente com o jubileu de ouro da  independência de Moçambique e o 45.º aniversário da  independência do Zimbabwe, além da transformação das Comissões  Mistas na nova Comissão Binacional. 

O governante confirmou o apoio de Moçambique à candidatura do  Zimbabwe a membro não-permanente do Conselho de Segurança  das Nações Unidas para o período 2027–2028. Assinalou ainda os  progressos na cooperação em defesa, energia, transportes, logística,  agricultura, turismo, industrialização e recursos hídricos, defendendo o  reforço dos corredores da Beira e do Limpopo e o avanço do projecto  do Porto de Techobanine, na província de Maputo.

Os estadistas enfatizaram o compromisso com a partilha de  experiências de governação, capacitação institucional e  fortalecimento das capacidades técnicas e humanas, com destaque  para programas de formação de jovens e mulheres. 

Ademais, sublinharam a relevância de manter mecanismos de diálogo  contínuo entre os dois países, visando antecipar desafios comuns,  promover a paz e a estabilidade na região e criar sinergias que  potenciem o impacto das políticas públicas em benefício das  populações moçambicana e zimbabweana.

O Presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, visitou, este sábado, a Assembleia da República, acto que Margarida Talapa disse ser uma amostra das boas relações existentes entre os dois países. 

“Expressamos, em nome da Assembleia da República, e do Povo que representamos, o nosso maior respeito e gratidão por Sua Excelência o Presidente da República do Zimbabwe, incluir o Parlamento Moçambicano, no roteiro da sua visita ao país. Para nós, esta não é uma simples visita, a presença de Vossa Excelȇncia Senhor  Presidente Mnangagwa é prova viva das excelentes relações existentes entre os dois países e Povos”, disse Talapa em declaração à imprensa.

Margarida Talapa sublinhou agradeceu ainda o Zimbabwe pelo “apoio alimentar e insumos agrícolas disponibilizados pelo Governo do Zimbabwe às famílias afectadas pelos ciclones no centro e norte de Moçambique, mas também na luta contra o terrorismo”.

Moçambique e Zimbabwe  reafirmaram esta sexta-feira, em Maputo, o compromisso de aprofundar a  cooperação bilateral e acelerar projectos estruturantes que reforcem  a integração económica regional, no quadro da Visita de Estado do  Presidente Emmerson Dambudzo Mnangagwa a Moçambique. 

Durante o banquete oferecido ao Presidente do Zimbabwe por  ocasião da sua Visita de Estado a Moçambique, os dois Chefes de  Estado destacaram a importância dos corredores logísticos, das infra-estruturas estratégicas e da expansão das áreas de cooperação para  impulsionar o desenvolvimento partilhado.

Daniel Chapo destacou que a presença do  dirigente zimbabweano constitui “um testemunho vibrante da  vitalidade das relações de amizade, solidariedade e cooperação”  entre os dois povos. 

Como prioridade, o Chefe do Estado moçambicano destacou a  dinamização de sectores estratégicos com potencial de  transformação económica, nomeadamente: transportes e logística,  recursos minerais e energia, agricultura, industrialização, turismo,  digitalização e expansão do comércio bilateral. “Estes sectores  oferecem oportunidades tangíveis para gerar benefícios económicos  mútuos”, afirmou. 

O governante reafirmou ainda o compromisso inequívoco de  Moçambique com a operacionalização dos corredores do Limpopo e  da Beira, decisivos para o fluxo comercial zimbabweano. 

“Corredores eficientes são catalisadores da integração económica  regional e motores essenciais para o crescimento do comércio intra africano”, frisou. Considerou igualmente prioritária a implementação  do Projecto do Porto de Techobanine e a harmonização ferroviária no  Zimbabwe.

O estadista moçambicano recordou que os dois países têm uma  responsabilidade histórica de transformar o seu potencial  geoeconómico num eixo de crescimento regional, realçando a  oportunidade criada pela Zona de Comércio Livre Continental  Africana. Defendeu a remoção de barreiras comerciais, a atracção  de investimentos conjuntos e a criação de plataformas empresariais  para impulsar a industrialização e a competitividade. 

Por seu turno, o Presidente Zimbabweano, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, afirmou  sentir-se “honrado e privilegiado” por regressar a Moçambique,  considerando esta a sua primeira Visita de Estado após a tomada de  posse do Presidente Chapo. 

Sublinhou que este encontro “constitui um  testemunho da relação entre os dois países, de forma a acelerar o  desenvolvimento partilhado e a prosperidade para os nossos povos”. 

Mnangagwa destacou que os dois países já  cooperam em energia, transporte, segurança e gestão da vida  selvagem, e assegurou que o Zimbabwe está preparado para  aprofundar sinergias em agricultura, educação, mineração, infra estruturas, tecnologias e resiliência climática. 

 

O Presidente da República,  Daniel Chapo, recebeu, esta sexta-feira, em audiência, Cesaltina  Lorenzoni, Chefe do Programa Nacional do Controlo do Cancro e  Directora Científica e Pedagógica do Hospital Central de Maputo, que  o informou sobre a sua eleição como Presidente da Organização  Africana de Treino e Pesquisa em Cancro (AORTIC), um cargo  continental que Moçambique passa a assumir pela primeira vez na  história.

Durante a audiência, Cesaltina Lorenzoni explicou ao Chefe do Estado  que a sua eleição ocorreu no dia 5 de Novembro, durante a 15ª  Conferência da AORTIC, realizada em Hammamet, na Tunísia. 

“Tive encontro com Sua Excelência o Presidente da República, Daniel  Francisco Chapo, no âmbito da eleição e nomeação como  Presidente da Organização Africana de Treino e Pesquisa em Cancro,  chamada AORTIC”, afirmou. 

A responsável recordou que a AORTIC foi fundada em 1982, em  Seattle, nos Estados Unidos da América, passando no ano seguinte a  instalar-se em África (Togo) para centrar esforços no controlo do  cancro no continente. O mandato agora assumido por Moçambique  terá a duração de dois anos, abrangendo o período de 2025 a 2027, e  representa, segundo Lorenzoni.  

A AORTIC abrange todos os países africanos e integra igualmente  membros da Europa e da América do Norte, formando uma rede  internacional dedicada à prevenção, investigação e expansão de  capacidades científicas na área oncológica. Em termos estruturais, o  Presidente da organização lidera o Conselho composto por Vice presidentes que representam as regiões africanas — Norte, Oriental,  Central, Ocidental e Austral —, assim como a Europa, América do  Norte e os países africanos de língua oficial portuguesa. 

Lorenzoni destacou que, com esta nomeação, “Moçambique  posiciona-se num lugar estratégico, com múltiplas dimensões, como  prestígio internacional”, assumindo um papel de liderança na agenda  continental do controlo do cancro. A nova função reforça a credibilidade científica do país e a sua influência técnica em fóruns de saúde pública. 

A dirigente sublinhou ainda que outro benefício estratégico está  relacionado ao incremento das parcerias internacionais. “Com esta  posição, Moçambique poderá permitir atrair mais investimentos, mais  cooperação técnica e também oportunidade de formação e  desenvolver projectos de investigação para instituições nacionais”,  disse. 

No plano interno, a participação moçambicana activa na definição  das prioridades continentais cria, segundo Lorenzoni, “uma condição  favorável para nós acelerarmos e reforçarmos o controlo do cancro  no nosso país, com um impacto directo na prevenção, diagnóstico,  tratamento e cuidados paliativos”. Acrescentou que a visibilidade  internacional permitirá ao país mobilizar mais recursos e alianças  estratégicas para o reforço do Serviço Nacional de Saúde. 

A responsável destacou igualmente o significado histórico desta  nomeação: “Desde a altura da fundação desta organização, em  1982, é pela primeira vez que um país de língua oficial portuguesa  preside a esta organização”. Para Lorenzoni, esta conquista aumenta a  responsabilidade de Moçambique, na medida em que seremos vistos  como um espelho a nível global.

Moçambique foi eleito, na última quarta-feira, dia 19 de Novembro de 2025, para assumir a vice-presidência do Comité das Nações Unidas para a Gestão Global de Informação Geo-Espacial para África (UN-GGIM AFRICA).

As eleições ocorreram no âmbito da realização da 11ª sessão da Região Africana do Órgão, que decorre de 17 a 21 de Novembro em Acra, Gana, em paralelo com a Conferência Internacional África GIS ( Africa Geoespacial Information System).

Neste evento, Moçambique está representado pela directora-geral da Agência Nacional de Desenvolvimento Geoespacial, Odete Semião.

No mesma reunião, Marrocos foram eleitos o Marrocos para ocupar a Presidência do Comité das Nações Unidas para a Gestão Global de Informação Geoespacial para África, o Burkina-Faso para a 1ª vice-presidência, o Burundi para 1º Relator e o Congo para 2º Relator.

Moçambique quer aproveitar a experiência da Turquia para iniciar a construção de uma indústria de defesa própria. O Ministro da Defesa diz ser urgente reverter a situação actual, numa altura em que o país não tem capacidade para produzir o seu próprio armamento para combater o inimigo.

É a primeira vez que Moçambique se senta à mesa para debater questões ligadas à indústria de defesa, e encontra na Turquia um parceiro privilegiado, dada a experiência consolidada que este país possui na área.

“Este fórum é um instrumento de transferência de tecnologia, fundamental para o desenvolvimento de capacidades locais e para a criação de uma indústria de defesa nacional robusta e sustentável. Não tenhamos medo de começar. Todos os países e nações com uma indústria de defesa forte deram os seus primeiros passos. Alguns avançaram um passo e recuaram dois, mas a firmeza é o que nos pode levar onde queremos chegar”, afirmou Cristóvão Chume, Ministro da Defesa Nacional.

Num momento em que o país enfrenta a ameaça terrorista em Cabo Delgado, Cristóvão Chume defende que os ganhos deste fórum devem ir além do sector da defesa. Para o governante, “a edificação de uma indústria de defesa nacional não é apenas um objectivo económico ou militar, mas é uma questão de soberania nacional, sustentabilidade institucional e criação de reservas estratégicas para responder às exigências de um futuro cada vez mais incerto”.

A Turquia, com vasta experiência na produção de drones militares, reiterou a disponibilidade para cooperar com Moçambique no combate ao terrorismo e no desenvolvimento da indústria de defesa.

“Iniciámos este fórum como um primeiro passo para cooperar, partilhar as nossas experiências e tecnologias e procurar uma cooperação sustentável assente na tecnologia aplicada à indústria de defesa. Acreditamos que isto contribuirá também para alargar a cooperação entre os dois países”, explicou Haluk Görgün, Secretário da Indústria de Defesa da Turquia.

A CTA, que representa o sector privado chamado a investir na área, afirma estar disponível para acompanhar e dinamizar o processo. Segundo o presidente, Álvaro Massingue, a CTA está “totalmente comprometida em apoiar esta agenda, articular empresas, investidores e instituições de ensino para criar um ecossistema robusto, capaz de gerar empregos qualificados, fortalecer a capacidade de resposta às necessidades de defesa e promover soluções inovadoras”.

Os poucos empresários que já operam no sector de produção e comercialização de material de defesa vêem neste fórum uma oportunidade de expansão. Jorge Mandlate, empresário do ramo, mostra-se optimista quanto aos resultados.

“É a defesa que puxa pelo desenvolvimento em qualquer país avançado. Por isso, acreditamos que esta é uma grande oportunidade para Moçambique. Precisamos nos desenvolver bem. Estamos numa posição privilegiada, com os nossos portos, que nos ligam à Ásia, à Europa e a outros mercados através do oceano. Isto é uma grande oportunidade para nós”, defendeu.

O evento, que decorre na cidade de Maputo, tem a duração de dois dias.

O Presidente da República,  Daniel Chapo, diz que o diploma não é garantia de emprego e apela às universidades que formem cidadãos críticos e criativos, capazes de responder às necessidades do país.  O Chefe de Estado falava hoje, na cerimónia de graduação, na Universidade Eduardo Mondlane. 

São 905 estudantes graduados, nos graus de licenciatura,  mestrado e doutoramento, pela Universidade Eduardo Mondlane que foram convidados, esta quarta-feira, pelo Presidente da República, Daniel Chapo,  a serem protagonistas na conquista da independência económica do país.  

O Chefe do Estado destacou que a formação superior deve produzir “criadores de emprego e não apenas candidatos a emprego”, apontando este como um dos três grandes desafios estratégicos para o futuro da instituição e para a construção da Independência Económica do país.

Durante a segunda cerimónia de graduação do ano académico de 2025, que decorre esta quarta-feira e quinta-feira, na cidade de Maputo, o Presidente Chapo saudou o evento como “uma celebração nacional e um ponto de encontro da nossa moçambicanidade”, sublinhando que este é o momento em que “o esforço das famílias se transforma em conquista” e o “investimento da nação em esperança renovada”.

O Chefe de Estado lembrou que a conquista dos diplomas não é sinônimo de garantia de emprego e que é altura de usar o conhecimento de forma criativa, para a geração de riqueza. 

Além do desafio de formar criadores de emprego, o Presidente Chapo apelou à UEM para “aprender a viver e conviver com a inteligência artificial, sem perder a inteligência humana”, defendendo que a academia deve ensinar os jovens a usar estas ferramentas “para pensar melhor e com ética”. Acrescentou ainda o convite à participação activa da universidade no Diálogo Nacional Inclusivo,submetendo análises e contribuições que reforcem a governação e a unidade nacional.

O Presidente da República terminou reafirmando a confiança do Estado na missão histórica da UEM, sublinhando que o ensino superior deve ser “um dos motores da Independência Económica”, destacando que “o principal recurso que este país tem é o capital humano”. 

Entre os graduados, mais de 800 são licenciados, 64 são mestres e 4 doutores.

O encontro, realizado em Maputo, coincide com dois marcos simbólicos: os 50 anos da independência Nacional e os 30 da existência da Universidade católica de Moçambique. Uma conjugação que, segundo o Presidente da República, reforça o reconhecimento pelo contributo sólido e persistente da instituição na edificação de um país mais justo, mais qualificado e mais comprometido com a dignidade humana.

O Presidente reiterou que o Governo definiu a educação como uma prioridade estratégica, destacando que o desenvolvimento económico, a inclusão social e a estabilidade democrática dependem de um sistema educativo robusto e orientado para a inovação.

Contudo, sublinhou que esses progressos só se consolidam quando existe uma articulação efectiva com o ensino superior, a investigação científica e a extensão universitária.

O chefe de Estado enfatizou que as universidades desempenham um papel central na formulação e avaliação de políticas públicas, garantindo rigor, transparência e fundamentação científica. Defendeu igualmente uma investigação aplicada que responda aos desafios nacionais.

O 7.º Congresso Internacional da UCM decorre em Maputo com a presença de representantes de universidades nacionais e estrangeiras e irá abordar temas ligados à educação, inovação, sustentabilidade e desenvolvimento.

O Seminário Provincial de Capacitação dos Comités de Zona e de Localidade juntou, esta quarta-feira, em Inhambane, quadros de base e mobilizadores vindos de vários cantos da província. Mais do que um encontro formativo, o evento tornou-se num momento de alinhamento interno, marcado pela intervenção da Primeira Secretária da FRELIMO, que dedicou grande parte do seu discurso à necessidade de reorganizar a actuação política nas comunidades.

Falando aos presentes, deixou claro que o trabalho das bases será determinante nos próximos meses. “A vitória não se improvisa, constrói-se”, sublinhou, chamando à atenção para a necessidade de métodos de trabalho mais claros e disciplinados. 

A dirigente explicou que o objectivo passa por harmonizar procedimentos, criar rotinas de planificação regulares e reforçar a actuação territorial dos comités que operam nos bairros, localidades e zonas.

Centrou ainda parte da sua intervenção naquilo que considera ser o desafio mais imediato: garantir que as estruturas funcionem de forma previsível e articulada. “Um comité tem de ter método, coerência e linhas claras de actuação”, afirmou, defendendo que as estruturas devem estar preparadas para antecipar problemas, acompanhar as dinâmicas comunitárias e mobilizar com maior regularidade.

Ao longo da sessão, insistiu várias vezes, que o trabalho político não começa na campanha, mas sim no contacto diário com os residentes. Referiu também que é nas visitas às comunidades, nas reuniões de bairro e no acompanhamento das preocupações locais que se constrói a confiança política. 

“O trabalho é diário, começa nas casas, nos bairros, nos mercados”, disse, lembrando que a presença no terreno continua a ser o principal indicador do funcionamento das estruturas.

A dirigente pediu maior coesão interna, argumentando que as orientações partidárias devem ser transmitidas de forma uniforme em toda a província. “A máquina tem de estar alinhada”, afirmou, insistindo que só uma actuação coerente permitirá evitar contradições e atrasos nos processos de mobilização.

No encontro, destacou também a importância de fortalecer os comités de zona e de localidade, transformando-os em estruturas mais activas e com maior capacidade de resposta, assim como da necessidade de reuniões regulares, planificações semanais e mecanismos de acompanhamento mais rigorosos. Para a dirigente, esse trabalho será essencial num contexto político que classifica como exigente e dinâmico.

Apesar de apontar desafios, a Primeira Secretária reconheceu que a província tem quadros e militantes experientes, realçando que o seminário deve servir como um reforço organizacional para o período pré-eleitoral. 

“Este encontro é uma chamada à responsabilidade”, afirmou, sublinhando que caberá a cada participante replicar as orientações nas suas zonas de actuação.

No final, deixou uma mensagem que foi repetida várias vezes pelos presentes: para alcançar os objectivos definidos para os próximos anos, cada estrutura deverá assumir um papel activo e permanente no terreno. 

“Se a máquina estiver afinada, ninguém nos pára”, rematou, estabelecendo o tom para os próximos meses de trabalho político na província.

O seminário deve terminar com o compromisso de reforçar a ligação entre os comités e as comunidades e de manter a actuação regular das estruturas como parte central da estratégia da FRELIMO em Inhambane.

+ LIDAS

Siga nos