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PR quer reformas urgentes nas FADM e exige combate sem desculpas ao terrorismo 

O Presidente da República, Daniel  Chapo, exigiu, esta sexta-feira, reformas profundas no sector  da Defesa Nacional e respostas imediatas no combate ao  terrorismo, alertando que “não podem existir desculpas, enquanto o  terrorismo não passar para a história”. O Chefe do Estado pediu que  comandantes e oficiais apresentem soluções concretas para

O Presidente da República, Daniel Chapo, exonerou Alexandre Herculano Manjate do cargo de Alto Comissário da República de Moçambique junto da República do Malawi; Jerónimo João Rosa Chivavi do cargo de Alto Comissário da República de Moçambique junto da República do Quénia e da República do Uganda; Maria Gustava do cargo de Embaixador Plenipotenciário da República de Moçambique junto da República Popular da China e da República Democrática da Coreia do Norte. 

O Chefe do Estado exonerou ainda Ermindo Augusto Ferreira do cargo de Alto Comissário da República de Moçambique junto da República da Índia e da República Democrática e Socialista do Sri Lanka, Belmiro José Malate do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Moçambique junto da República da Indonésia, da República Democrática de Timor-Leste, do Reino da Tailândia e do cargo de Alto Comissário da República de Moçambique junto da Malásia e da República de Singapura; À luz da mesma base constitucional, o Presidente da República nomeou, através de Despachos Presidenciais separados: Maria Gustava para o cargo de Alto Comissário da República de Moçambique junto da República da África do Sul, Jacinto Januário Maguni para o cargo de Alto Comissário da República de Moçambique junto da República do Quénia; Alexandre Herculano Manjate para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Moçambique junto da República Federativa do Brasil; e António Inácio Júnior para o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Moçambique junto da República da Turquia.

Esta mudança nas missões diplomáticas e consulares de Moçambique no exterior visa materializar a diplomacia económica, nas suas duas vertentes principais, sendo, por um lado, a promoção da imagem do país nos mercados externos, exportações e investimento directo estrangeiro e, por outro lado, o fortalecimento do comércio bilateral e multilateral, através de políticas externas económicas e comerciais.

O Presidente da República, Daniel  Chapo, anunciou na manhã de hoje, em comício popular  realizado na cidade de Cuamba, na província de Niassa, o aumento  do Fundo de Investimento e Desenvolvimento Local (FIDEL), um  mecanismo do Estado concebido para financiar pequenos negócios e  promover iniciativas produtivas de base comunitária e local em todo o  território nacional. 

Milhares de populares que acorreram a comício receberam o anúncio  com entusiasmo, que se juntaram para ouvir o Chefe do Estado, numa 

intervenção marcada por apelo à inclusão económica,  empreendedorismo rural e dinamização das cadeias locais de  circulação de produtos alimentares e mercadorias. 

De acordo com o Presidente da República, o reforço do FIDEL passará  a vigorar já no próximo ano económico, com o objectivo de ampliar o  número de beneficiários e garantir que mais distritos tenham  capacidade de financiar projectos sustentáveis. 

“Aquilo que foi disponibilizado este ano, no próximo ano será ainda  maior. A cada etapa queremos incluir mais jovens, mais pequenas  empresas e mais famílias que pretendam trabalhar e criar sustento  com o seu esforço,” declarou o Presidente. 

Aumentando a dotação financeira, o Governo pretende reduzir  “barreiras históricas” que limitam o acesso ao crédito produtivo,  sobretudo nas zonas rurais, onde a ausência de instituições formais de  crédito “muitas vezes” condiciona o surgimento de iniciativas  económicas estruturadas. 

Durante a sua intervenção, o Chefe do Estado destacou, igualmente,  que o aumento do FIDEL contribuirá para melhorar a circulação de  produtos essenciais, garantindo que bens como sal, açúcar e óleo  alcancem localidades que continuam a enfrentar rupturas e escassez  com alguma regularidade. 

“Onde hoje ainda não chega sal, vai passar a chegar. Onde falta  açúcar, vai chegar. Onde falta óleo, também vai chegar,” afirmou,  explicando que comerciantes locais poderão comprar produtos em  Cuamba e revendê-los em postos administrativos e comunidades longínquas, com impacto directo na circulação comercial e nos  preços praticados ao consumidor final. 

O governante moçambicano sublinhou que o financiamento distrital  deve ser motor de criação de emprego, geração de rendimento e  combate às desigualdades regionais, priorizando iniciativas ligadas à  agricultura, comércio rural, transformação alimentar e prestação de  serviços. 

“Quem fizer negócio irá ganhar, irá criar postos de trabalho e, ao  mesmo tempo, estará a ajudar o seu povo. É disto que se faz  desenvolvimento, com gente activa, com oportunidade, com  mercado e com confiança,” defendeu o Chefe do Estado. 

No mesmo comício, o Presidente da República afirmou que o Governo  continuará a reforçar o diálogo directo com as populações,  escutando desafios e sugestões, de modo a moldar as políticas  públicas, para que estas respondam à realidade local. 

“Viemos a Cuamba para ouvir. Ouvimos a vossa mensagem e estamos  aqui para trabalhar convosco. O desenvolvimento faz-se com  participação e com partilha,” concluiu. 

A passagem do Presidente Daniel Chapo por Cuamba insere-se no  conjunto de visitas de trabalho à província de Niassa, destinadas a  acompanhar projectos de impacto social e económico, recolher  percepções da base e acelerar respostas institucionais que permitam  o crescimento inclusivo dos distritos. 

O ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, diz que o Governo não vai medir esforços para actuar contra funcionários públicos corruptos.

Falando durante o lançamento das celebrações da semana comemorativa do Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção, Inocêncio Impissa deixou claro que qualquer funcionário público ligado a actos de corrupção teria o merecido castigo.

“Estamos convictos de que, se conseguirmos encontrar pessoas, processos ou indivíduos, não teremos mãos a medir para, de forma exemplar, actuar”, afirmou o governante.

De acordo com o ministro da Administração Estatal e Função Pública, se a sociedade fosse íntegra, o Estado não precisaria fazer leis e criar instituições que combatem atrocidades, como é o caso do Gabinete de Combate à Corrupção, porque ninguém precisaria de ser controlado.

“Se a sociedade fosse justa, não precisava de tudo isto. Então, o combate à corrupção é muito mais profundo”, avançou o ministro, sublinhando a necessidade de as pessoas perceberem que, antes de serem funcionários públicos, são cidadãos e que também procuram serviços de um servidor público.

Moçambique passou a ter uma linha verde telefónica para denúncias de corrupção e irregularidades na contratação pública desde o passado dia 19 de Novembro, e as autoridades asseguram que se trata de um canal “inclusivo e protector” para transformar o cidadão em “participante activo na defesa do bem público”.

A linha verde já está em funcionamento, após a assinatura de um memorando entre o Ministério das Finanças e a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O instrumento foi também criado para aproximar o cidadão do sistema de justiça, transformando-o em “participante activo na defesa do bem público”, segundo nota da Procuradoria-Geral da República.

Segundo a nota da PGR, a linha verde nacional de denúncias contra a corrupção e irregularidades na contratação pública representa “um avanço concreto na luta contra a corrupção e na consolidação de uma cultura de integridade, sobretudo no domínio das aquisições públicas do sector que absorve uma fatia significativa das despesas do Estado”.

Arrancou, a pouco, o debate em torno da proposta de Plano Económico Social e Orçamento de Estado para 2026, apresentado ontem (3) pelo Governo. As bancadas na oposição descredibilizam o documento, afirmando que o PESOE 2026 não reflecte as necessidades reais da economia, muito menos trás estratégias para “melhoria da situação crítica social e económica dos Moçambicanos “. 

O MDM, por exemplo, representado pelo Deputado Francisco Eliseu de Sousa, defende que o instrumento é vazio e caminha em contra-mão com a realidade do País. Questiona ainda o facto de o instrumento não apresentar clareza sobre a reabilitação da EN1, sobretudo em relação à disponibilidade financeira, que por vários anos foi sendo anunciada pelo então Governo de Filipe Nyusi. “Onde está aquele valor?”. 

A Renamo, na voz do deputado Latifo Xarife, diz que não pode votar a favor da aprovação do instrumento, por vários motivos. “Esperava que o PESOE trouxesse de forma clara mecanismos de redução da pobreza, medidas para recuperação económica”. Entende ainda que a alocação de pouco mais de 20% das receitas para investimentos e pagamento do serviço da dívida significa” menos recursos para a construção de escolas, carteiras, lanche escolar e outras necessidades sociais”.

O Podemos, cuja intervenção coube a Luís Mussane, critica o facto de o PESOE 2026 estar em discrepância com o plasmado no Plano Quinquenal do Governo, no capítulo referente a 2026. Mussane diz que o facto de, no PQG, o executivo ter prometido construir mais escolas, hospitais e criar mais postos de emprego, não refletidos no PESOE, significa a falta de coerência do executivo.

A Frelimo, por seu turno, representada pela deputada Helena Elias, reconhece os desafios macroeconômicos impostos pela conjuntura externa, porém defende que, apesar disso, o executivo apresenta uma série de acções que poderão melhorar a situação dos Moçambicanos. Reitera a necessidade de o Parlamento “estar ao lado do povo e não descredibilizar os esforços do Governo na recuperação económica” e alimentar a sua defesa, com as previsões de construção de infraestruturas públicas, criação de postos de emprego, entre outros. 

O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, defendeu, esta quarta-feira, a urgência dos membros da perdiz em trabalhar para rejuvenescer a Renamo. Segundo o autarca, tal posicionamento é urgente e visa responder aos desafios actuais. 

De Araújo que participou no congresso da Unita, em Angola, referiu que o evento do partido de galo negro foi um verdadeiro exemplo de democracia para os partidos do continente africano e Renamo em particular. 

O posicionamento de Manuel de Araújo ocorre numa altura em que a Renamo vive uma profunda crise política, com os membros e guerrilheiros a exigir a cabeça de Ossufo Momade, face aos maus resultados amealhados pelo partido e candidato nas últimas eleições gerais. 

A Renamo saiu da segunda maior força no parlamento para a terceira. Sobre este e muitos outros factos, como as manifestações violentas pós-eleitorais que assolaram o país nos finais de 2024, “Chegou a hora de se rejuvenescer a Renamo” defendeu esta quarta-feira o autarca de Quelimane Manuel de Araújo. 

“Nós estamos a trabalhar para que de facto a máquina da Renamo seja rejuvenescida, sendo que chegou a hora de rejuvenescer para que a perdiz possa desempenhar os desafios que temos pela frente. Um dos exemplos que nós trazemos é que quando a Renamo não ocupa o seu lugar na sociedade, o que acontece foi aquilo que vimos nas eleições quer em 2023, quer em 2024 em que houve manifestações que levaram à morte na minha contagem de mais de mil pessoas, apesar de outros dizerem que são 400 e eu penso que há muito mais mortos resultante das manifestações” disse Manuel de Araújo para quem a urgência de se rejuvenescer a Renamo, pretende-se por ela ser “um factor de equilíbrio equilíbrio na sociedade. Quando a Renamo está ausente, o que nós observamos é violência e o descarrilar da democracia em Moçambique”. 

De Araújo falava em Quelimane da viagem que fez a Angola, onde esteve a participar como convidado do congresso da Unita. Chamado a fazer avaliação do congresso do chamado partido do galo negro, que decorreu nos dias 28,29 e 30 de Novembro naquele país, De Araújo destacou o nível de abertura e transparência no processo que varia desde para apresentação de candidaturas múltiplas, processo sem intimidações, eleições livres justas, transparentes e aposta na juventude como sendo dentre várias constatações positivas que Manuel de Araújo registou no congresso da UNITA. 

Os factos, levaram o autarca a concluir que “o congresso da Unita foi verdadeira escola da democracia e um grande exemplo para África. Os partidos incluindo a Renamo devem se inspirar”. Precisou o político. 

Em 2026, para além da revisão em baixa da perspectiva de crescimento económico, de 3.2 % para 2.8%, o Governo reviu a estimativa da arrecadação de receitas, na ordem de 14.9 mil milhões de meticais, ou seja, dos anteriores 422 mil milhões de meticais para cerca de 407 mil milhões, correspondente (este último) a 24.9% do Produto interno Bruto.

Ora, sobre a despesa, a Proposta do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE), indica uma redução, passando de cerca de 536 mil milhões meticais, para cerca de 521 mil milhões.

A primeira-ministra, foi quem apresentou o documento aos deputados da Assembleia da República, anunciando ainda a previsão de: “um défice orçamental na ordem de 113,7 mil milhões de Meticais, correspondente a 7,0 % do PIB.

O défice orçamental previsto para 2026, será financiado com o recurso a créditos internos em cerca de 2,2 % do PIB, donativos na ordem 3,2% do PIB e créditos externos em cerca de 1,9% do PIB”.

O executivo de Daniel Chapo destacou o facto de o défice, na ordem de 7,0% do PIB, representar uma redução se comparado com o projectado para o presente ano que é de 8,2% do PIB.

“Este facto consubstancia o esforço que temos vindo a empreender para melhorar, gradualmente, o perfil da dívida pública e fortalecer a sustentabilidade financeira do nosso país no âmbito da consolidação fiscal”. disse a governante. 

 

Despesas com Funcionamento e Salários vão consomir cerca da metade das receitas do Estado em 2026A primeira-ministra ministra diz que o Governo vai privilegiar, no próximo ano, os sectores de Saúde, Educação e Agricultura, prevendo cerca de 179.533,1 milhões de MT, correspondente a 48,8% da Despesa Total, “excluindo os Encargos Gerais do Estado”.

O executivo reitera que ” a aposta continuará centrada na educação, base para a formação do capital humano moçambicano e que absorve 28,2% do total dos recursos no PESOE acima das metas internacionalmente estabelecidas”.

Contudo, os números mostram que as depesas de funcionamento e de pessoal continuam a absorver parte importante do orçamento, isto é cerca de 250 mil milhões.
Por exemplo, o total das receitas, montante de 520.634,2 milhões de MT, seja destinado a: “363.102,9 milhões de MT são referentes as Despesas de Funcionamento; 214.238,5 milhões de MT a Despesas com Pessoal; 34.453,9 milhões de MT a Bens e Serviços; 26.000,1 milhões de MT a Pensões; 100.842,4 milhões de MT para as Despesas de Investimento e 56.688,9 milhões de MT às Operações Financeiras”

Os grupos parlamentares na oposição, dentro das comissões de trabalho, consideram uma decisão bonita apenas no papel, mas na prática os números mostram outra realidade.

O Grupo Nacional junto da Rede Parlamentar do Movimento dos Não-Alinhados (NAM-PN) realiza, a partir desta terça-feira, dia 2 de Dezembro, na Matola, o seu primeiro seminário de troca de experiências, tendo como objectivo reforçar a cooperação parlamentar e aprofundar os princípios basilares do movimento.

Intervindo na sessão de abertura da reunião, em representação da Chefe do Grupo Nacional junto da Rede Parlamentar do Movimento dos Não-Alinhados, Maria Ivone Soares, o deputado reafirmou ainda os princípios fundamentais do Movimento, designadamente, a independência nacional, a soberania, a integridade territorial e a segurança, destacando a importância do diálogo e da solidariedade entre os Estados-membros.

Segundo o deputado Dominic Phiri, o evento surge num momento internacional marcado por complexidades e incertezas, sublinhando que a cooperação parlamentar é essencial para enfrentar desafios globais como o neocolonialismo, o racismo e a pobreza.

Segundo Phiri, a Rede Parlamentar do Movimento dos Não-Alinhados constitui um instrumento político de grande relevância, conferindo maior voz e influência aos países em desenvolvimento e às nações do Sul Global, permitindo-lhes participar de forma mais activa nos processos de tomada de decisão internacional.

O deputado apelou a uma participação activa no evento, desejando que os debates sejam enriquecedores e tragam resultados que fortaleçam a acção colectiva do grupo parlamentar na defesa dos princípios que orientam o Movimento dos Não-Alinhados.

Na ocasião, a antiga deputada, Telmina Pereira, disse que o Movimento dos Não-Alinhados tem como visão fortalecer a compreensão mútua entre parlamentos e promover o intercâmbio de experiências dentro dos valores do Movimento, sobretudo garantir a defesa da soberania, evitar qualquer forma de interferência nos assuntos internos dos Estados e reforçar o princípio basilar do não-alinhamento.

No plano legislativo, Pereira explicou que a missão do Grupo Nacional consiste em apoiar o Movimento dos Não-Alinhados na elaboração e adopção de quadros legais, acrescentando que sempre que surgem matérias que exijam investigação, regulamentação ou aprovação de protocolos o Parlamento assume o papel de incorporar essas directrizes na legislação interna, fortalecendo o compromisso nacional com os princípios do não-alinhamento.

O ministro conselheiro do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Carlos, afirmou que a Rede Parlamentar do Movimento dos Não-Alinhados enfrenta desafios na implementação de deliberações nacionais.

Outro obstáculo apontado por Carlos é a complexa coordenação entre os parlamentos que operam em sistemas políticos distintos, referindo-se a exemplos como Azerbaijão e Arménia, bem como situações africanas, citando os casos do Sudão e Sudão do Sul.

O ministro conselheiro destacou que as divergências internas tornam difícil a harmonização de posições dentro do Movimento, sublinhando que o princípio do consenso, característico do NAM, nem sempre reflecte concordância plena entre os países.

Durante dois dias do seminário, os participantes vão partilhar experiências, fortalecer laços institucionais e definir estratégias que permitam traduzir os ideais do Movimento dos Não-Alinhados em iniciativas concretas de natureza legislativa e de fiscalização.

A IV Sessão da Comissão Binacional entre Moçambique e África do Sul abriu esta terça-feira, em Maputo, com um forte apelo ao reforço da cooperação política, económica e de segurança entre os dois países. A reunião foi dirigida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Manuela dos Santos Lucas, que sublinhou a importância de transformar os acordos bilaterais em resultados concretos para as populações dos dois lados da fronteira.

Na sua intervenção, a chefe da diplomacia moçambicana deu as boas-vindas ao homólogo sul-africano, Ronald Lamola, e destacou que a presença da delegação visitante representa “uma oportunidade para continuarmos a assegurar que os nossos dois países trilhem os mesmos caminhos rumo ao fortalecimento dos laços históricos de amizade, solidariedade e cooperação”.

Maria Manuela dos Santos Lucas sublinhou que esta sessão ministerial deverá marcar uma viragem na abordagem prática da cooperação entre os dois países. “Devemos ser mais ambiciosos e ousados na vertente pragmática”, disse, defendendo que cada decisão tomada na Comissão Binacional tenha “um horizonte temporal curto de resultados palpáveis”.

A segurança e defesa voltaram a ocupar lugar central na agenda, sobretudo devido aos desafios partilhados ao longo da fronteira. A Ministra reafirmou que “se Moçambique estiver seguro, a África do Sul estará também segura e vice-versa”, defendendo um reforço na troca de informações, formações e exercícios conjuntos.

No capítulo económico e social, o governo moçambicano aponta para a necessidade de acelerar a implementação dos instrumentos de cooperação. As áreas prioritárias, disse a Ministra, representam “pilares para catapultar o nosso desenvolvimento”, com impacto directo na vida dos cidadãos.

A governante agradeceu ainda o trabalho técnico das equipas dos dois países, que prepararam os documentos a serem analisados nesta sessão, e manifestou confiança de que as decisões a serem tomadas irão “abrir um novo horizonte” na cooperação bilateral.

O Presidente da República, Daniel  Chapo, recebeu, hoje, em audiência a Directora-Geral da  Organização Internacional para as Migrações (OIM), Amy Pope, num  encontro que reforçou a cooperação com a agência da ONU e  destacou a necessidade de integrar a migração como instrumento de  desenvolvimento nacional. A responsável da OIM sublinhou o  compromisso da organização em apoiar Moçambique na assistência  humanitária, na capacitação da juventude e na gestão ordenada da  migração.

Após a reunião, Amy Pope afirmou que o encontro permitiu uma troca  profunda sobre temas prioritários para o país. “Reunimo-nos com o  Presidente do país e abordámos um conjunto de questões importantes  para Moçambique”, declarou. 

A Directora-Geral destacou que uma das maiores preocupações  abordadas diz respeito ao norte do país, onde persistem deslocações  internas motivadas pela violência e pelos impactos climáticos. “Em  primeiro lugar, a assistência aos cidadãos que vivem no norte, muitos  dos quais deslocados pela violência ou pelos impactos climáticos”,  afirmou, salientando a necessidade de respostas integradas. 

A capacitação dos jovens para os desafios do futuro constituiu outro  elemento central das discussões. Amy Pope sublinhou que a OIM está  empenhada em reforçar programas de formação e integração no  mercado: “Falámos também sobre como podemos trabalhar com os  jovens de hoje para garantir que tenham as competências e a  formação necessárias para os empregos do futuro”. 

A migração como ferramenta de desenvolvimento nacional foi  igualmente realçada durante a audiência. “Discutimos igualmente  como a migração pode ser utilizada como parte do planeamento do  desenvolvimento do Governo”, explicou a líder da OIM, apontando o  potencial da mobilidade humana para fortalecer sectores  estratégicos. 

Amy Pope reafirmou ainda a continuidade do apoio da organização  ao país, destacando a solidez da cooperação existente. “Oferecemos  o nosso apoio, oferecemos a nossa solidariedade e esperamos  continuar esta parceria que tem sido muito importante para a  Organização Internacional para as Migrações”, afirmou.

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