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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos países desenvolvidos para duplicarem os recursos destinados ao financiamento ao desenvolvimento, que tem um défice de quatro biliões de dólares.

António Guterres afirmou que o financiamento ao desenvolvimento está a afogar-se e apelou, por isso, para que os países desenvolvidos dupliquem os recursos destinados ao financiamento que, actualmente, tem um défice de quatro biliões de dólares.

O secretário-geral da Organização das Nações falava, esta segunda-feira, na abertura da quarta Conferência Internacional para o Desenvolvimento da ONU, em Sevilha, Espanha, onde estão reunidos representantes de 192 dos 193 países da organização, incluindo mais de 60 chefes de Estado e de Governo.

Guterres realçou que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável está em perigo e dois terços das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estão atrasados.

“Alcançá-los requer uma inversão de mais de quatro biliões de dólares por ano. Não é só uma crise de números, mas de pessoas que passam fome ou crianças sem acesso às vacinas ou à educação. Estamos aqui em Sevilha para mudar o rumo”, disse Guterres citado por RTP.

O secretário-geral da ONU considerou também essencial mudar o sistema mundial da dívida pública, que considerou insustentável, injusto e inacessível para os países em desenvolvimento, sendo um bloqueio ao crescimento sustentável.

Os Estados Unidos da América, que cortaram a ajuda ao desenvolvimento desde que Donald Trump voltou à Presidência do país, em Janeiro, é o único país ausente em Sevilha.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que o seu país está a coordenar, com os seus parceiros europeus, possíveis sanções contra o Irão, que descreveu como “um dos regimes mais brutais do mundo”.

Também estamos a alinhar totalmente o pacote de sanções europeias contra o regime iraniano, que inclui inúmeros indivíduos, empresas e entidades envolvidos não apenas na produção militar e em esquemas terroristas externos contra países vizinhos na região, mas também na repressão interna dentro do próprio Irão”, escreveu o Presidente ucraniano na sua conta do X.

Volodymyr Zelensky descreveu o Irão como “um dos regimes mais brutais do mundo”, acrescentando que “as sanções globais contra a Rússia devem agora ser uma das principais prioridades, visto que são uma ferramenta real para limitar as capacidades e o potencial estratégico da Rússia”.

O Governo iraniano pediu à ONU que reconheça Israel e os Estados Unidos como responsáveis pela guerra de 12 dias contra o Irão, que terminou com um cessar-fogo em 24 de Junho.

Esta reivindicação foi feita numa carta dirigida, hoje, ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.

“Solicitamos formalmente ao Conselho de Segurança que reconheça o regime israelita e os Estados Unidos como os iniciadores do acto de agressão e que reconheça a sua responsabilidade subsequente, incluindo o pagamento de indemnizações e reparações”, escreveu na carta o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, citado pela RTP.

A 13 de Junho, Israel lançou um ataque contra o território iraniano, partindo do princípio de que a república islâmica estava prestes a fabricar uma arma nuclear, uma alegação negada muitas vezes pelo Governo iraniano, que lançou um contra-ataque contra o solo israelita.

Israel reconheceu ter sido atingido por mais de 50 ataques com mísseis iranianos, que causaram um total de 28 mortes, mas a real extensão dos danos é muito difícil de avaliar devido às restrições impostas à imprensa pela censura militar, escreveu a RTP.

No Irão, os ataques israelitas mataram pelo menos 627 civis e feriram cerca de 4 900, de acordo com um balanço oficial.

Os Estados Unidos acabaram por se juntar aos ataques israelitas, com bombardeamentos de instalações nucleares, antes de acabarem por mediar um cessar-fogo após 12 dias de conflito.

O Papa Leão XIV alertou, hoje, para a importância de “sair do perigo de uma fé cansativa e estatística” e apelou a igreja para que se abra as mudanças e procure novos caminhos de evangelização.

Na Solenidade dos Santos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma, o Papa presidiu a missa na Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, onde fez um novo apelo à unidade da Igreja.

Leão XIV advertiu que “sempre existe o risco de cair na rotina, no ritualismo, em esquemas pastorais que se repetem sem se renovar e sem captar os desafios do presente”.

Por isso, exortou a Igreja a deixar-se “interrogar pelos acontecimentos, pelos encontros e pelas situações concretas das comunidades, a procurar novos caminhos para a evangelização a partir dos problemas e das perguntas levantadas pelos irmãos e irmãs na fé”.

Salientou ainda que, se os cristãos não se querem reduzir “a uma herança do passado, como tantas vezes” alertou o Papa Francisco, “é importante sair do perigo de uma fé cansada e estática”.

Aos membros da igreja greco-católica ucraniana que também assistiram à missa, o Papa pediu “que o Senhor conceda a paz ao seu povo”.

A Aliança Democrática decidiu abandonar com efeitos imediatos o diálogo nacional, projecto do presidente Cyril Ramaphosa. A nova polémica, que estremece o governo de coligação entre DA e ANC, foi causada pela demissão de um ministro da DA pelo presidente sul africano.

A tensão começou quando o presidente Cyril Ramaphosa demitiu um vice-ministro do Comércio indicado pela Aliança Democrática devido a uma viagem não autorizada aos Estados Unidos sem a aprovação da presidência.

A DA respondeu com um pedido a Ramaphosa para demitir em 48 horas três ministros do ANC que enfrentam acusações de corrupção, mas a presidência rejeitou os apelos e disse que os “ultimatos” não incomodariam o presidente, o que para a DA, é sinal de hipocrisia.

Por essa razão, a DA diz que não vê sentido em continuar a dialogar com um governo. Aliás diz que o diálogo será um desperdício de tempo e dinheiro.

As duas forças políticas mantêm diferenças ideológicas acentuadas, apesar de continuarem juntas no governo,  num passado recente entraram em conflito sobre o orçamento e as políticas destinadas a dar poder à maioria negra da África do Sul.

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, sancionou quatro projectos de lei sobre finanças num conjunto de importantes reformas que visam reestruturar o sistema fiscal do país, escreve o Jornal de Angola.

Segundo a fonte, o governo nigeriano afirma que as novas leis simplificarão a cobrança de receitas, reduzirão a carga fiscal sobre algumas pessoas singulares e colectivas e, ao mesmo tempo, ajudarão a aumentar a tão necessária receita do governo, tornando a cobrança mais eficiente.

A Lei Fiscal da Nigéria, acrescenta a fonte angolana, que reúne várias regras num código único e mais fácil de compreender e elimina mais de 50 impostos menores e sobrepostos. 

A presidência nigeriana, com efeito, afirmou que a redução do número de impostos e a eliminação da duplicação facilitarão os negócios. A Lei da Administração Fiscal que estabelece regras comuns para a cobrança de impostos nos governos federal, estadual e local.

A Lei do Serviço de Receita da Nigéria, que substitui o Serviço de Receita Federal (FIRS) por uma nova agência independente: o Serviço de Receita da Nigéria (NRS). A Lei do Conselho de Receita Conjunta, que melhora a coordenação entre os níveis de governo e cria um Provedor de Justiça Tributário e um Tribunal de Apelação Tributária para resolver litígios, adianta o Jornal de Angola.

 

A República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda assinaram, ontem, em Washington, nos Estados Unidos da América, um acordo que pretende cessar conflitos entre as partes.

De acordo com o Jornal de Angola, para o Presidente norte-americano, Donald Trump, a assinatura do documento marca “um grande dia para o mundo”. Já o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que o acordo marca “um momento importante após 30 anos de guerra” no Leste da RDC.

Ainda segundo o Jornal de Angola, o acordo, assinado pelos ministros das Relações Externas dos dois países africanos – Thérèse Kayikwamba Wagner, da RDC, e Olivier Nduhungirehe, do Ruanda – e testemunhado por Rubio, também ajudará as empresas norte-americanas a obter acesso a minerais essenciais necessários para grande parte da tecnologia mundial, como o cobalto, num momento em que os Estados Unidos e a China estão a competir activamente por influência em África.

Sobre os compromissos assumidos pelas duas partes, estes inspiraram-se numa Declaração de Princípios aprovada em Abril, entre os dois países, e que prevê “o respeito pela integridade territorial e o fim das hostilidades” no Leste da RDC.

Segundo o chefe da diplomacia ruandesa, a RDC concordou em cessar todo o apoio aos militantes hutus ligados ao genocídio de 1994.

O acordo de paz é “baseado no compromisso assumido aqui de pôr fim, de forma irreversível e verificável, ao apoio do Estado (congolês) às FDLR (Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda) e às milícias associadas”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros ruandês, Olivier Nduhungirehe, citado pelo Jornal de Angola. 

O conselheiro de Donald Trump para a África, Massad Boulos, indicou que Kigali se compromete a “levantar as medidas defensivas do Ruanda”, mesmo que o acordo não mencione explicitamente o Movimento 23 de Março (M23), até ao momento alegadamente apoiado pelo Ruanda e que no início do ano realizou ofensivas e conquistou cidades no Leste da RDC.

 

O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, defende que a União Europeia não deve ficar impávida sobre a situação humanitária na Faixa de Gaza. António Costa disse também acreditar no diálogo com Israel para o cessar-fogo.

Numa altura em que se estima que as operações israelitas já tenham causado mais de 56 mil mortos desde o ataque do Hamas em outubro de 2023, o antigo primeiro-ministro português levou de novo o assunto ao Conselho Europeu.

António Costa disse que a União Europeia não pode ficar indiferente diante da situação na Faixa de Gaza.

“Não devemos estar impávidos e devemos dialogar com Israel e procurar que Israel faça aquilo que tem que fazer: aceitar o cessar-fogo, permitir a ajuda humanitária chegue à população de Gaza”, disse o presidente da União Europeia, citado por Lusa.

Costa chamou inaceitável a situação de Gaza, segundo escreve a agência de Notícias ao Minuto. “Ninguém pode ignorar o que vemos na televisão e o que lemos na imprensa: a situação humanitária em Gaza é completamente inaceitável”.

António Costa anunciou que a chefe da diplomacia comunitária da UE vai avaliar os próximos passos relativos ao acordo de associação entre Bruxelas e Telavive.

O Ministério da Defesa da Rússia disse, hoje, que 50 aparelhos aéreos não tripulados foram neutralizados pelos sistemas antiaéreos em sete regiões do país, incluindo nas imediações de Moscovo. Entretanto, a Ucrânia relata a morte de 145 soldados russos na região de Donetsk.

De acordo com o relatório militar russo, praticamente todos os drones ucranianos abatidos durante a noite foram destruídos em regiões que fazem fronteira com a Ucrânia, nomeadamente 23 na região de Kursk, 11 na região de Rostov, seis na região de Bryansk e três na região de Belgorod.

O Ministério da Defesa acrescentou que três outros aparelhos aéreos não tripulados foram abatidos perto de Moscovo, dois dos quais visavam directamente a capital russa.

Segundo a mesma fonte, dois drones foram destruídos pela defesa aérea sobre a península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.

O Ministério da Defesa russo não informou se os ataques aéreos ucranianos causaram vítimas ou danos materiais.

Entretanto, um relatório das forças ucranianas, citado pela agência de notícias pública do país, refere que Kyiv manteve esta quarta-feira as suas posições e infligiu pesadas perdas aos russos.

Em Pokrovsk, Donetsk, região do Donbass decorreram os ataques mais intensos na linha da frente, detalhou a mesma fonte, provocando a morte de 145 soldados russos.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991.

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