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Governo prevê produzir 480 mil toneladas de pescado em 2021

O Governo espera produzir 480 mil toneladas de pescado na campanha de 2021. A produção poderá acontecer em meio a adversidades impostas pela COVID-19 e pelos desastres naturais, mas o executivo criou facilidades, como o pagamento de licença de pesca em prestações.

É em meio a dificuldades que marcaram a campanha de pesca do ano passado, que foi lançada a época 2021 e os pescadores não se fizeram de distraídos e apontaram os obstáculos que minaram o sector em 2020.

“Nós, os armadores industriais, não temos a certeza do sucesso da veda porque existiu camarão no mercado local. Durante este período, alguns barcos artesanais fizeram-se ao mar com o pretexto de apanhar peixe, mas, de acordo com as informações que temos, traziam camarão”, denunciou Rodrigues Xavier, representante dos pescadores semi-industriais.

Queixas qua não pararam por aí. Os pescadores industriais, também, acrescentaram a COVID-19 e os desastres naturais. “Em 2019, foram os ciclones Idai e Kenneth que danificaram as infra-estruturas pesqueiras e entidades produtivas, afectando negativamente as metas, inicialmente, previstas e obrigando as empresas a concentrar os seus recursos na reconstrução com o intuito de repor a sua capacidade produtiva” indicou Felisberto Manuel, em nome dos pescadores industriais.
Já em 2020, segundo o representante dos industriais, chegou a COVID-19 que afectou “de forma severa” o mundo todo e Moçambique não foi excepção, cujos efeitos os pescadores sentem.

“Ainda hoje, 2021, estamos a ser confrontados com a necessidade de tomarmos medidas internas nas empresas para minimizar os impactos negativos derivados desse fenómeno, corroendo a saúde financeira e económica das empresas”, disse o representante dos pescadores industriais.

A Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas ouviu e reconheceu a existência das adversidades levantadas pelos pescadores e revelou que o Executivo criou facilidades para aliviar o sector como é o caso do pagamento das licenças de pesca em prestações.

“Queremos ressalvar este aspecto porque o princípio geral da legislação mantem-se. A taxa é paga numa única prestação, mas em situações como estas e porque o difícil cenário pelo qual os pescadores estão a passar, entendemos nós que este ano, vamos proceder e aceitar que aquelas entidades que não tenham efectuado o pagamento o façam nessa modalidade”, explicou Augusta Maíta, ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas.

São essas facilidades que Augusta Maíta acredita que vão ditar o sucesso da campanha de pesca 2021, lançada esta quarta-feira, na qual se espera produzir 480 mil toneladas de pescado diverso.

“As nossas perspectivas para a presente época pesqueira são animadoras apesar dos desafios que já mencionámos. Continuamos optimistas de que vamos fazer um esforço conjunto para que a meta estabelecida seja alcançada”, avançou Augusta Maíta, num tom de determinação.

Para alcançar este objectivo, a governante A governante conta com o papel preponderante da pesca artesanal que “esperamos que esteja, devidamente, estruturado e que possa, efectivamente, agir dentro daquilo que são os limites da lei para que não se ponha em causa a sustentabilidade dos recursos”.

O lançamento da campanha que decorreu sob o lema: Por uma pesca responsável, preservando os ecossistemas marinhos e costeiros, tendo havido, igualmente, a entrega de licença de pesca a um operador semi-industrial.

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