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Angolanos sob custódia do SENAMI acusam HCM de matar sua filha

Foto: O País

O casal de cidadãos angolanos que está sob custódia das autoridades moçambicanas desde Fevereiro passado acusa o Hospital Central de Maputo (HCM) de ter matado a filha recém-nascida que se encontrava no berçário daquela unidade sanitária.

A esposa de Man Gena, angolano que fugiu do seu país com a sua família após ter denunciado o suposto envolvimento de polícias e políticos no tráfico de drogas e que está no país sob custódia do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), publicou um vídeo nas redes sociais, em que responsabiliza os médicos pela morte da sua filha recém-nascida.

“Nos dias em que estive no hospital, ia para o berçário e o bebé estava bem e reagia bem à medicação. Quando eram 22 horas, supostamente, eles dizem que a minha bebé teve ataques cardíacos, fez duas paradas cardíacas; tiveram que reanimá-la, sangrou pela boca, reanimar a primeira vez, reanimar a segunda vez, e a bebé faleceu. Então [eu] disse ‘não, vocês esperaram eu sair para vocês para matarem minha bebé’”, contou.

A mulher de Man Gena entrou na maternidade do Hospital Central de Maputo no dia 31 de Março passado. No dia 5 de Abril, deu à luz prematuramente e a sua filha veio a falecer no dia 7 de Abril.

Agostinho Daniel, director do Departamento de Ginecologista e Obstetrícia do Hospital Central de Maputo, refuta as alegações apresentadas pela Mami, considerando que tudo foi feito para salvar o bebé assim como a mãe, mesmo sendo uma gestação de risco.

“O Hospital Central de Maputo recebeu a senhora com uma complicação obstétrica, que afectava uma gravidez ainda prematura, e essa complicação é tratada em todo o mundo com o parto, pois punha em risco a saúde da mãe assim como a do feto. Portanto, tudo foi feito seguindo os protocolos clínicos.”

O Hospital Central de Maputo mostrou-se disponível ainda para dar mais esclarecimentos em torno deste caso que já está a fazer correr muita tinta.

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