Segundo o relatório da fundação australiana Walk Free apresentado nesta quinta-feira pelas Nações Unidas, 720.000 pessoas que vivem em Angola, Brasil e Moçambique são ” escravos modernos”.
O relatório, denominado "Índice de Escravatura Global 2018" e que analisou 167 países, estima que o Brasil tenha 369.000 "escravos modernos", seguindo-se Angola com 199.000 e Moçambique com 152.000, segundo notícia a LUSA.
Na classificação dos países lusófonos seguem-se Portugal, com 26.000, Guiné-Bissau, com 13.000, Timor-Leste, com 10.000, Guiné Equatorial, com 7.000 e Cabo Verde, com 2.000 "escravos modernos". No contexto do relatório, a "escravatura moderna” inclui trabalho forçado, servidão por dívida, casamento forçado, tráfico de seres humanos, escravidão e práticas semelhantes à escravidão.
Existem no mundo cerca de 40,3 milhões de escravos modernos, dos quais dois terços foram identificados na região da Ásia-Pacífico. Muitos dos produtos produzidos na região Ásia-Pacífico. Só na Índia (7,99 milhões de indivíduos estimados), China (3,86 milhões), Paquistão (3,19 milhões), Coreia do Norte (2,64 milhões), Nigéria (1,39 milhões), Irão (1,29 milhões), Indonésia (1,22 milhões) e República Democrática do Congo (1,05 milhões) são os oito países com acima de um milhão de "escravos", embora tal facto possa resultar de serem dos países mais populosos do mundo.