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Anastácia Zita em Tribunal amanhã para explicar o que não foi respondido por Taipo

Anastácia Zita era a responsável máxima da Direcção do Trabalho Migratório e a ela caberá explicar os detalhes das operações que resultaram no saque de 113 milhões de Meticais da instituição. De Maria Helena Taipo, poucas respostas se teve, até porque a antiga governante disse que sobre questões operacionais, só a DTM podia explicar.

A audição desta terça-feira de tudo ou nada na constituição da prova em Tribunal, sobre como foi o esquema de desvio de dinheiro na Direcção do Trabalho Migratório.

Aquando da sua audição entre terça e quarta-feira da semana, Taipo deixou várias questões sem esclarecimento. Por exemplo, quando foi perguntada pelo procurador Armando Paruque por que não questionou ou impediu que os fundos da DTM fossem usados para pagamentos de empresas sem o contrato visado pelo TA, Taipo disse que “quem executava as actividades eram os sectores” e que, por isso, “cabe à DTM responder, caso isso tenha acontecido”.

A arguida foi confrontada com o facto de constar dos autos que a DTM fazia adiantamentos para mineiros à TEBA, às minas filiadas e a outras instituições e Parruque perguntou se a antiga governante tinha conhecimento, mas não deu nenhuma resposta esclarecedora. Disse apenas “prefiro não responder” a esta e outras questões, remetendo explicações à DTM.

É por isso que as expectativas agora estão viradas para a última arguida a ser ouvida esta terça-feira. Anastácia Zita, acusada de Peculato, Abuso de Confiança e Participação Económica em Negócio, não só era responsável máxima da Direcção do Trabalho Migratório, como também era uma das pessoas assinantes das contas nas quais se fizeram várias transferências e levantamentos.

Terá de explicar porque não houve visto do Tribunal Administrativo nos contratos da DTM, porque a instituição que dirigia transferiu cinco milhões de Meticais para a construção de uma dependência que se diz ser de Helena Taipo e porque a DTM teria fechado contratos não executados, mas que teria havido pagamento. E mais… por que razão o dinheiro dos mineiros teria sido usado para fins que não beneficiavam aos trabalhadores das minas. Será desta que o tribunal terá respostas? A ver vamos.

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