Agência Metropolitana de Transportes reconhece a dívida de quatro meses de compensações aos transportadores e explica que tal ocorreu devido à demora na disponibilização das listas por parte da FEMATRO. Contudo, a AMT garante o pagamento total da dívida até ao fim deste mês.
Há dois dias, os operadores de transporte público de passageiros ameaçaram agravar a tarifa de transporte, alegadamente por se sentirem enganados pelo Governo que, dos seis meses de compensações prometidos, apenas pagou dois, sem nenhuma explicação.
Esta quinta-feira, a Agência Metropolitana de Transportes (AMT) veio a público apresentar a sua versão. “Quando o ministro disse ‘este dinheiro é para o pagamento de compensações’, foi pago, em Maputo, Beira e Dondo. Nós pagamos consoante os dados que tínhamos”, referiu o presidente do Conselho de Administração da Agência Metropolitana de Transportes.
O PCA da AMT reconhece a dívida de quatro meses das compensações, porém defende que o atraso na disponibilização das listas dos beneficiários é que retardou o processo.
“Nós pagamos dois meses, volta de 2151 veículos por mês, entretanto continuamos a receber mais listas. E este é um processo que, uma vez que entra nas finanças um pedido de reforço de verba para um determinado número de veículos, mas depois aparece outro número de veículos, evidentemente que começamos a questionar como é que isto se faz”, disse.
António Matos diz que a chegada desregrada de listas faz com que o todo o processo seja moroso, por isso o Governo decidiu parar com o processo de pagamentos, por forma a recolher todas as listas, organizar o dossier e fazer os devidos pagamentos ainda este mês.
“Nós vamos pagar este mês. Nós estamos a trabalhar para resolver esta situação que nos aflige a todos nós. Temos consciência de que os operadores têm o problema da rentabilidade da operação, sabemos que temos que trabalhar em conjunto, e estão três opções em cima da mesa para serem avaliadas para que, até ao fim deste mês, tenhamos uma solução.”
Sobre a ameaça de agravamento da tarifa de transportes, caso o Governo não dê continuidade ao pagamento das compensações, Matos apela à calma e diz que está a ser avaliada a viabilidade da continuidade ou não do processo.