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AMOPAO reúne-se para buscar estratégia de reduzir pressão do novo concorrente

A direcção da Associação Moçambicana de Panificadores, AMOPAO, viu-se obrigada a reunir-se de emergência com os seus membros, devido a uma preocupação que antes era da minoria dos panificadores mas que ultimamente tornou-se de todos.

Algumas padarias da cidade e província de Maputo queixam-se da redução acentuada de receitas que já levou ao despedimento de trabalhadores, provavelmente provocada pela pressão exercida por um novo concorrente.
 
“Estamos a passar mal desde que a Espiga D'ouro começou a funcionar, ela instala os seus depósitos de pão a pouco menos de 50 metros das nossas entradas. Antes era possível produzir pão equivalente a 10 sacos de 50 quilogramas de farinha de trigo, mas, actualmente, reduzimos para dois sacos por dia”, disse Arlindo Afonso, gerente de uma padaria do bairro de 1º de Maio, autarquia da Matola.
 
Outra fonte assegurou-nos que devido a esta situação já despediu parte dos seus trabalhadores e pondera encerrar as portas caso a situação prevaleça.

“Já despedi 12 trabalhadores porque as receitas baixaram e os custos de produção aumentaram. Hoje em dia o pão leva dias para acabar o que dantes não acontecia. Se esta situação continuar assim, sinceramente vou encerrar as padarias”, afirmou Amélia Mutisse, panificadora no mesmo bairro.
 
No encontro de ontem, a Associação Moçambicana de Panificadores apontou como uma das medidas pontuais, um encontro com a panificadora em causa, no qual irá lançar um apelo no sentido de a mesma rever o acordo celebrado entre as partes sobre os mecanismos de actuação no mercado.
 
Foi também acordado pelos membros da associação que caso não haja entendimento com o novo concorrente, outro recurso a aplicar seria levar o caso ao Governo, concretamente o Ministério da Indústria e Comércio.
 

 

 

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