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Amarelecimento letal de coqueiro faz Zambézia sair de 12 milhões para quatro milhões

Foto: O País

Uma província duramente afectada pelo amarelecimento letal de coqueiro, Zambézia passou de uma grande potência no que à produção da palma diz respeito. As zonas mais afectadas na província pelo amarelecimento letal do coqueiro são as áreas de Maquival, Pebane e Bajone, sobretudo em toda a zona do litoral.

Mas, como se manifesta esta doença? A resposta é que o amarelecimento letal do coqueiro se manifesta através da queda imatura da planta do coco, e a morte da planta ocorre entre quatro a seis meses. Uma fonte que esteve ligada às companhias indicou-nos que aquelas são as principais características da doença que, até ao momento, é de origem desconhecida.

O jornal O País esteve em Cabuir, zona do  interior da Maganja da Costa, uma das regiões duramente afectada pelo amarelecimento letal do coqueiro. Residentes da região contaram que o palmar era a principal fonte de renda das famílias, mas, com a doença, os residentes registam crise.

Baptista Juízo, residente de Cabuir, diz que a grande preocupação da comunidade é buscar resposta sobre esta matéria. Afirma ainda que, desde o ano 2000, os coqueiros começaram a ser afectadas pela doença, complicando a vida das famílias.

A pesca e a agricultura têm sido alternativa para as famílias. Mário Hasane, ancião de Cabuir, contou que produz redes de pesca e vende para os que praticam a actividade ao longo da Costa. Segundo suas palavras, a actividade que pratica é alternativa que encontrou para ganhar algum dinheiro.

Já no Mercado Central de Quelimane, o coco comercializado vem de Inhambane. Na compra, cada coco custa 14 Meticais, e na venda localmente, o preço varia de 15 a 20 Meticais. O preço é caro quando comparado com o coco antes produzido nos palmares da província, dizem os comerciantes.

Helena Hassan, vendedeira do Mercado Central, explicou que a questão do coco é desafiadora, pois não tem sido fácil comprar em Inhambane e vender em Quelimane com a alta dos preços dos combustíveis.

As instalações onde funcionava a fábrica da Geralco, uma das firmas da companhia da Borror, hoje estão a ser utilizadas para processar tronco dos palmares em tábuas.

Essencialmente, são abatidos os palmares infectados e o tronco utilizado para produzir tábuas. De acordo com alguns trabalhadores que falaram ao nosso jornal, a firma viria a parar com o advento do amarelecimento letal de coqueiro que deitou abaixo a matéria-prima.

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