As autoridades alfandegárias apreenderam, nas últimas 48 horas, em Manica, cinco viaturas de luxo que circulavam ilegalmente na província. Trata-se de uma Range Rover, modelo Discover, Nissan Navara, Toyota Fortuner, Toyota Hilux e uma camioneta de marca Hino.
Com o descaminho, o Estado perdeu pouco mais de cinco milhões de Meticais que seriam pagos em direitos aduaneiros.
Ulisses Tembe, director das Alfândegas em Manica, que também apresentou um camião de mercadoria diversa, e que estava na rota de contrabando, revelou que os seus operativos têm estado a trabalhar arduamente para colocar ponto final ao fenómeno de contrabando, tanto de viaturas, como de mercadoria.
“Nós temos o Departamento de Investigação e Inteligência, que nos potencia em informação. Temos estado a fazer um trabalho específico e intrusivo, que, apesar de levar muito tempo, traz bons resultados como este”, avançou Tembe, para quem operações de género irão continuar nos próximos dias em Manica.
Esta é a segunda operação de vulto que as autoridades alfandegárias realizam em Manica. A primeira teve lugar em Dezembro do ano passado e resultou, também, na apreensão de cinco viaturas, que somadas a essas cinco recentemente apreendidas, o Estado pode ter sido lesado em pouco mais de 10 milhões de Meticais.
Refira-se que a AT apreendeu, na última quarta-feira, acessórios de viaturas e encerra bombas clandestinas de combustíveis na cidade e província de Maputo, por falta de documentos que comprovam a legalidade da sua importação. Trata-se de 938 jantes especiais de diversas medidas, 1.303 pnéus novos e usados, sete caixas de tampões para jantes, para-choques, óleo lubrificante, entre outra mercadoria de origem estrangeira. A mercadoria retromencionada foi apreendida na Cidade de Maputo.
Numa outra acção similar, na província de Maputo, mais concretamente no bairro Tchumene, foram descobertas e encerradas quatro bombas de combustível que operavam de forma clandestina. No que se refere a primeira acção, aquando da fiscalização, as brigadas da AT solicitaram aos proprietários dos estabelecimentos comerciais, documentos que comprovam a legalidade dos produtos comercializados, uma solicitação que não foi respondida positivamente, dando lugar à apreensão dos mesmos.
Quanto às quatro bombas, pesou para a sua desactivação o cometimento de várias irregularidades, desde a falta do início de actividade, funcionamento com licenças destinadas ao consumo próprio, no entanto, para além de comercializar o combustível sem facturação, não possuíam registo de instalação petrolífera.
Estas acções constam do plano operacional da instituição para o presente ano económico, que passa por aprimorar as fiscalizações e auditorias, por forma a assegurar que toda a mercadoria que circula no mercado nacional seja sujeita ao pagamento de impostos, quer sobre o comércio externo, quer impostos internos.