O galo que não cantou é o pretexto que leva Alex Dau ao Brasil, em época de carnaval. Mas não é para dançar ou mascarar-se. O escritor está na terra do samba até ao final do mês para promover o seu mais recente livro de contos, publicado naquele país sob a chancela da editora Nandyala.
As actividades de promoção de O galo que não cantou estão distribuídas pelas cidades de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde foi programada uma oficina de escrita criativa da “Fábrica de Textos”.
Ainda naquele ponto da América Latina, Alex Dau deverá participar nas cerimónias de apresentação da edição brasileira da colectânea de contos que junta autores moçambicanos e brasileiros, sete de cada país. O título do livro em causa é Do Índico e do Atlântico: contos brasileiros e moçambicanos, co-organizado por Vagner Amaro e Dany Wambire. Alex Dau participa com o texto “Menina Teresinha”, na antologia apadrinhada por Mia Couto. A história de Dau tem como protagonista uma rapariga com 15 anos de idade, que enfrenta vários desafios para cuidar do pai doente.
A colectânea Do Índico e do Atlântico: contos brasileiros e moçambicanos será igualmente publicada pela Fundza, na cidade de Maputo, numa pretensão de se contribuir para a promoção da literatura moçambicana no Brasil, e, também, divulgar em Moçambique a literatura de alguns autores da literatura brasileira contemporânea.
Além de escritor, Alex Dau é produtor cultural, videomaker e activista sócio-ambiental. Tem textos espalhados pela imprensa nacional e estrangeira. À semelhança d’O galo que não cantou, é autor de Reclusos do tempo, Heróis de palmo e meio e Habitante do inóspito. Como videomaker tem realizado filmes documentários com cunho identitário moçambicano. A sua estadia no Brasil também abrangerá actividades ligadas à sétima arte.