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“Ainda queria conversar com” Mocumbi “para escrevermos as memórias”, diz Chissano

Após a morte de Pascoal Mocumbi, Joaquim Chissano foi uma das primeiras personalidades a reagir. Uma vez que partilharam vários momentos, desde familiares até profissionais, o antigo Presidente da República revelou que intencionava escrever as memórias com o também antigo ministro da Saúde.

Na sua reacção à morte do antigo Primeiro-ministro, Pascoal Mocumbi, Joaquim Chissano lamentou o infortúnio, mas disse que “foi descansar, fica a sua memória connosco e os longos anos que convivemos desde 1952”.

O antigo Presidente da República lembrou vários momentos que partilhou com Mocumbi, até porque, nos últimos dias, “convivíamos perto, porque vivíamos na mesma zona aqui, em Maputo, em Mafalala. Casa dele era perto da minha casa”.

Chissano e Mocumbi viviam “quase como irmãos”, até porque o também antigo ministro dos Negócios Estrangeiros foi padrinho do casamento do antigo Chefe de Estado e “passamos férias muitas vezes juntos lá, na minha terra, na minha casa, na casa dos meus pais. Conheci os pais dele também. Nos momentos bons e maus da família, estivemos juntos e conheci a família alargada que ele tinha”.

Além desses momentos amistosos e familiares, Chissano diz que trabalhou muito com Mocumbi desde os tempos da fundação da Frelimo até à governação do país.

Essa história teria tido um outro rumo se ambos tivessem tido uma oportunidade para fazer o que já estava nos planos: “Ainda queria conversar com ele para escrevermos as memórias, porque me parece que ele tinha a intenção de também escrever e disseram-me na família que ele tinha começado”.

 

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