O País – A verdade como notícia

Ainda não há resultados sobre os militares-fantasma nas FADM

Foto: O País

O ministro da Defesa Nacional diz que ainda não foi concluída a investigação acerca da descoberta de sete mil militares-fantasma, que recebiam indevidamente salários nas fileiras do exército.

Foi durante a realização da prova de vida nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), no início do ano em curso, que se detectou a existência de cerca de sete mil militares-fantasma nas fileiras das FADM que recebiam salários canalizados para os altos quadros.

Falando, hoje, na Praça dos Heróis Nacionais, ao jornal “O País”, o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, disse que ainda não há resultados dos trabalhos de investigação.

“Eu não gostaria de falar dos sete mil militares-fantasma, porque os fantasmas são números, e o que vai trazer os números reais será o relatório que será apresentado que ainda não foi apresentado, nem ao ministro da Defesa Nacional, acredito também que nem mesmo ao Chefe do Estado-maior-General. Quando o relatório tiver sido concluído, nós vamos ter uma oportunidade de fazer uma declaração ao público, para saber o que está a acontecer verdadeiramente no seio das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Mas, sem alarmismo, é preciso reconhecer que há possibilidade de existência de fantasmas, mas não acredito que os números que foram referidos na imprensa possam ser esses. Mas deixemos que o trabalho seja feito e, quando o relatório sair, vamos partilhar.”

Embora o ministro da Defesa Nacional não tenha avançado datas para apresentação dos resultados da auditoria, mostrou-se convicto de que, para breve, os resultados da auditoria estarão disponíveis.

 

POPULAÇÕES CHAMADAS A APOIAR O EXÉRCITO NO COMBATE AO TERRORISMO

As Forças Armadas moçambicanas são desafiadas a modernizar-se em meios tecnológicos, além do combate ao terrorismo. Para terem sucesso no Teatro Operacional Norte, devem ter a população como o seu principal aliado.

Várias especialidades e unidades das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) estiveram presentes, este domingo, na Praça dos Heróis Nacionais, na Cidade de Maputo. Num cenário em que o inimigo em dias que correm usa meios tecnológicos, para provocar instabilidade, o desafio é lançado às FADM para modernização, o que, segundo o ministro da Defesa Nacional, está a ser seguido.

“De facto, continuemos a combater em diferentes frentes, não nos esqueçamos de que, neste momento, o nosso país está a ser alvo de diferentes ataques, não só o terrorismo, mas também a pirataria. Há outro tipo de ameaças no ciberespaço, então as FADM são chamadas a proteger o nosso país destas ameaças”, disse Cristóvão Chume.

Por seu turno, o Chefe de Estado-maior-general, Joaquim Mangrasse, destaca o moral combativo da força que está elevado e garante que não há outra via, senão vencer o terrorismo, mas aponta a aliança com as populações como crucial.

“A nossa missão é garantir a segurança das populações, que, por sua vez, nos ajudam a identificar o inimigo. Só depois disso é que entramos em acção. Portanto, a reacção das populações é extraordinária e faltam-me palavras para reconhecer todos aqueles que, no Teatro Operacional Norte, estão a dar apoio às forças para que cumpra a sua missão”, referiu Joaquim Mangrasse.

Cristóvão Chume disse ainda que o país tem sofrido ataques cibernéticos e os militares têm repelido estas situações.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos