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Ainda não há data prevista para reabertura de escolinhas

Ainda não há data para a reabertura das escolinhas encerradas desde a eclosão da pandemia da COVID-19 no país. O Ministério do Género, Criança e Acção Social (MGCAS) diz que a demora se deve à criação de condições sanitárias para garantir uma retoma segura das aulas.

A pandemia da COVID-19 forçou o encerramento das escolinhas e o mundo das crianças ficou sem cor, vida, diversão…enfim sem graça.

“Para nós, que só temos um filho, é complicado, pois não tem com quem brincar, fica isolado e, por vezes, isso cria estresse para si. A nossa rotina, como encarregados, também é delicada, pois temos de estar na escola e trabalho ao mesmo tempo, isso complica ainda mais”, disse uma encarregada, que preferiu não ser identificada.

Mais de 695 centros infantis fecharam as portas e os problemas não ficaram só para as crianças, mas também para os pais que tiveram de se reinventar nas suas rotinas.

Esperava-se que todas as escolinhas abrissem, mas ainda estão reféns da aprovação das suas condições sanitárias pelos Ministérios da Saúde e do Género, Criança e Acção Social.

“O Ministério do Género, Criança e Acção Social, em coordenação com Ministério da Saúde, elaborou uma folha de verificação de conformidade das instituições de infância, folha esta que compõe questões que devem ser cumpridas pelas creches”, referiu Páscoa Ferrão, Directora Nacional Adjunta da Criança.

Este trabalho abrangeu 165 centros infantis e, desses, 37 foram reprovados, 128 aprovados. Além disso, houve oito encerrados, porque estavam a operar ilegalmente na cidade de Maputo.

Entretanto, tal como outros sectores que estão a seguir a retoma das actividades de forma faseada, a Educação infantil, no país, trilhará os mesmos passos.

“A primeira fase vai ser para crianças de três aos cinco anos e a segunda vai ser de zero aos dois anos. Nós estamos a trabalhar para que a retoma seja segura, porque estamos a trabalhar com crianças e precisam de muita atenção”, apontou Ferrão.

Enquanto o Ministério do Género, Criança e Acção Social fala de cautela para a retoma dos centros infantis, os gestores das escolinhas somam prejuízos.

O Centro Infantil Buyani Muswivhona está ciente das exigências impostas para a retoma segura das aulas no país e poderá não satisfazê-las a tempo de reabrir este ano.

“Desde ano passado em que não estamos a trabalhar, estamos a virar-nos de qualquer maneira, sinto muita pena dos meus trabalhadores, porque, desde o encerramento da escolinha, não estamos a pagar nada, portanto não podemos matricular as crianças por causa das novas exigências”, avançou Maria da Conceição.

Numa ronda feita pelo “O País”, na cidade de Maputo, constatou-se que há escolinhas em funcionamento e fontes do Ministério do Gênero, Criança e Acção Social revelaram que os colégios, com currículo internacional, estão autorizados a reabrir desde que tenham as condições sanitárias criadas.

O Ministério da Saúde prometeu pronunciar-se sobre a reabertura das escolinhas no contexto da pandemia da COVID-19, oportunamente.

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