Ao sétimo dia da invasão russa à Ucrânia, os dois países parecem não chegar a um acordo para travar a guerra que já fez mais de 100 mortos e 800 mil deslocados.
A Rússia diz estar preparada para continuar hoje as conversações com a Ucrânia, mas as autoridades ucranianas ainda não confirmaram um novo encontro. “De momento, não se sabe quando é que as novas negociações se vão realizar”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, citado pela agência espanhola EFE.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse antes que a delegação russa estava pronta para se encontrar com a parte ucraniana. “No final da tarde de hoje, a nossa delegação estará no local à espera dos negociadores ucranianos. A nossa delegação estará pronta para continuar as conversações esta noite”, disse.
A primeira ronda de conversações, organizada pelas autoridades da Bielorrússia, país aliado de Moscovo, ocorreu na segunda-feira, na região de Gomel, perto da fronteira bielorrussa com a Ucrânia. No do encontro, os negociadores regressaram às respectivas capitais para consultas, segundo o Notícias ao Minuto.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia, Anatoly Glaz, disse hoje à agência bielorrussa Belta que o encontro poderá ocorrer a qualquer momento.
“Temos afirmado repetidamente que estamos prontos a fazer o nosso melhor e a organizar uma reunião a qualquer momento. Neste momento, os últimos preparativos estão a ser finalizados. O lado bielorrusso está preparado para qualquer desenvolvimento”, disse o porta-voz da diplomacia de Minsk.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na terça-feira, numa entrevista conjunta à agência Reuters e à TV norte-americana CNN, que a primeira condição para negociar é parar de lutar, porque, caso contrário, “o tempo será desperdiçado”. Entretanto, após a primeira reunião, Zelensky lamentou que os ataques russos não tenham parado durante as negociações de cinco horas.