Cerca de dez escultores em Quelimane clamam por intervenção das autoridades para resolver o problema da “água cinza”, no prédio Joaquim Pires, localizado no centro da cidade.
Sucede que a água de lavagem de roupa e da cozinha, despejada por inquilinos, está a invadir o único espaço de exposição das artes disponível na cidade. Objectos diversos, estão a ser expostos em espaço húmido e com cheiro nauseabundo.
A canalização para escoar a água, numa parte do prédio, está obsoleta, o que contribui para estagnação da água. Tendo em conta que se trata de um espaço residencial, pode propiciar a eclosão de doenças.
“Estamos a passar mal como vocês podem ver. Todos os dias saímos das nossas casas para fazer nosso ganha-pão aqui, mas o cenário é esse. Tem água por todos os cantos onde trabalhamos. Não se justifica que neste prédio os inquilinos não façam a devida canalização para escoamento desta água. Como é que os turistas podem vir cá para apreciar e comprar os nossos trabalhos?”, questionou Renato Mussaz, um dos escultores.
Sobre o assunto, ouvimos o Vereador para área de Saneamento no Conselho Municipal de Quelimane, Edson Bomês, que referiu já se ter reunido com a comissão dos moradores do prédio para resolver aquela situação.
Bomês garante que, em breve, a situação irá passar para a história. Enquanto o assunto não for resolvido, obras de arte estarão expostas nessas condições.