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Agente da PRM assassinado por desconhecido em parte incerta

Um polícia afecto ao Grupo de Operações Especiais (GOE) foi assassinado à queima roupa por indivíduos até aqui a monte nas proximidades da sua casa. O facto ocorreu na noite da última segunda-feira no Município da Matola.

O homem, de 40 anos, era membro da PRM e estava no GOE, andava frequentemente armado mesmo estando em casa, mas, no fatídico dia, não pegou na sua arma de trabalho. Na tarde de segunda-feira, esteve com o filho mais novo com quem passeou pelo bairro 1.o de Maio, onde residia.

Já à noite, juntou-se a um grupo de amigos e vizinhos em  confraternização, sendo que o filho mais novo tinha ficado no interior da viatura do pai. Por volta das 22h, apareceu um carro ligeiro, levando cinco ocupantes, e um deles saiu e atirou contra o agente do GOE que, de imediato, ficou estatelado no chão.

De seguida, ainda teve socorro para o hospital onde foi declarado morto. Uma das jovens que esteve presente no momento da ocorrência dos factos, aliás, vendia na barraca onde decorria a confraternização, conta que foram disparados seis tiros contra o homem.

“Eu acompanhei tudo, vi tudo, chegaram aqui, primeiro, quiseram saber se eu tinha bebida e eu disse sim, eles foram e depois retornaram, só que dessa vez armados e mascarados e começaram a disparar contra o tio Moisés que caiu ali e cheio de sangue.”

É um ambiente de consternação e dor que se vive na casa do agente da Polícia da República de Moçambique, Moisés Mandlate. A família está inconsolável e exige esclarecimento do ocorrido. Balbina Tovele, irmã do agente ora assassinado, presume tratar-se de uma morte encomendada e que tem a ver com o trabalho que fazia na corporação.

“Não sabemos ao certo o que aconteceu, fomos apenas informados naquela noite. O meu irmão era um homem de garra, muito trabalhador e isto tudo pode estar relacionado com o trabalho que ele fazia.”

No momento, a PRM diz não ter pistas dos assassinos de um dos seus membros, diz apenas que está a trabalhar para esclarecer o caso.

O jornal O País entrevistou, esta quarta-feira, a porta-voz da PRM no Comando Provincial em Maputo, Carminia Leite, que assegurou que há trabalhos em curso, visando neutralizar os criminosos.

O Grupo de Operações Especiais (GOE) é uma das unidades de especilidade da PRM, responsável pelo combate ao terrorismo, resgate de reféns e também intervinha no combate aos raptos e outros crimes considerados complexos.

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