Um começo de ano sombrio para a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Inhambane. Um agente afecto ao Posto Policial de Mawayela, no distrito de Panda, pegou numa arma de serviço que estava em sua posse e atirou na própria cabeça, tendo perdido a vida imediatamente no local.
Segundo Juma Dauto, do Comando Provincial da PRM em Inhambane, o agente tomou o seu almoço junto dos colegas e, em seguida, despediu-os alegando que ia descansar.
Foi precisamente nesse instante, dentro da casota, que o agente empunhou uma arma do tipo AK-47, carregou-a e atirou na própria cabeça.
Quando os colegas ouviram o tiro, foram a correr para a casota, mas já era tarde e encontraram o corpo do referido agente deitado na cama e ensanguentado.
Juma Dauto disse ao “O Pais” que os colegas directos do membro da PRM disseram ter visto ele por muito tempo ao telefone e a discutir com alguém da família, sem no entanto revelar quem e nem as razões que levaram o malogrado a tomar a decisão de pôr fim à própria vida.
Este é o segundo caso de um agente da Polícia que coloca fim à própria vida em menos de seis meses. Outro caso deu-se em Junho do ano passado, na cidade da Maxixe, e com os mesmos modus operandi. O referido agente estava na sua casa, quando pegou numa arma de fogo e, também, atirou na própria cabeça.
Fontes próximas à família dizem que o agente tinha problemas com a esposa.
O comando da PRM em Inhambane prefere não comentar os casos em particular e diz que não se pode olhar para o fenómeno apenas dentro da corporação.
Aliás, Juma citou como exemplos vários casos de professores, psicólogos, estudantes e até líderes comunitários que colocaram fim as próprias vidas sem motivos aparentes.
Refira-se que os dois agentes da Polícia usaram as armas que lhes tinham sido atribuídas no serviço, para se suicidarem.