O INGD tem 6,5 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 400 milhões de Meticais, disponibilizados por parceiros no âmbito de um acordo fechado hoje na Cidade de Maputo. O valor destina-se a 342 mil pessoas afectadas por desastres naturais e conflitos armados.
Devido à sua localização geográfica, aliada a mudanças climáticas, Moçambique tem sofrido inundações e cheias causadas por chuvas intensas, ciclones, depressões tropicais e secas. Os eventos resultam na destruição de infra-estruturas públicas e privadas, perda de vidas humanas, bem como deslocamento de pessoas.
Para ajudar a enfrentar essas situações, a Agência Coreana de Cooperação Internacional disponibilizou 6,5 milhões de dólares ao Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
“Testemunhamos a assinatura deste acordo de disponibilização de 6,5 milhões de dólares para melhorar as capacidades nacionais e locais para antecipar, prevenir e enfrentar riscos multidimensionais. Estamos seguros dos impactos positivos deste projecto, pois os seus objectivos estão alinhados com as prioridades de desenvolvimento estratégico de Moçambique”, esclareceu Teresa Pinto, do INGD.
São 342 mil pessoas a serem beneficiadas pelo projecto que será implementado em comunidades das províncias de Zambézia, Manica, Sofala, Nampula, Niassa e Cabo Delgado durante quatro anos.
Além de minimizar os efeitos dos desastres naturais, o projecto contempla a prevenção de conflitos armados, segundo fez saber a directora da Agência Coreana de Desenvolvimento Internacional, Jinjoo Hyum.
“O terrorismo que se regista na zona Norte de Moçambique desde 2017 e o ciclone Freddy, que assolou o país este ano, resultaram em vítimas e refugiados que, neste momento, sofrem bastante. A situação mostrou-se particularmente grave na região Centro do país.”
O dinheiro disponibilizado pelo governo coreano para o projecto será aplicado e monitorizado pelo PNUD e pelo INGD.
Algumas das medidas a serem tomadas passam por reforçar as capacidades dos comités de gestão de risco de desastres, melhorar as estratégias de resposta às calamidades, construir infra-estruturas comunitárias melhoradas e equipar e treinar comunidades em sistemas de aviso prévio e resposta antecipada.