O embaixador da África Sul em Angola, Fannie Mfana Phokola, anunciou no município dos Dembos, província do Bengo, a pretensão do seu governo construir em Angola monumentos em memória aos combatentes do ANC, que participaram na luta de libertação contra o regime do apartheid.
O diplomata revelou esta pretensão no final da visita que efectuou ao antigo campo de concentração do Congresso Nacional Africano (ANC), em Quibaxe, município dos Dembos, onde estão às campas de oito destacados guerrilheiros deste partido no poder na África do Sul, assassinados num ataque em 1985.
Sem adiantar o tempo determinado para o arranque das obras dos monumentos, Fannie Mfana Phokola, disse que para construir estes monumentos é necessário alguns procedimentos que devem ser respeitos e cumpri-los entre os dois governos.
Sublinhou que o primeiro passo é que se declare como património do governo sul-africano os locais pretendidos pelo governo angolano para depois erguerem os monumentos em Viana e Mulevo (Luanda) onde funcionou a antiga base trânsito de todos membros do ANC.
Manifestou a sua preocupação por algumas zonas onde foram sepultados soldados estarem minadas, tendo adiantado que estão a trabalhar com as autoridades angolanas para a sua desminagem.
Frisou que no território angolano, a África do Sul desde a década de 80, período da luta contra o regime do apartheid, o ANC tinha nove bases militares que serão sempre relembrados em todos tempos.
Por seu turno, o vice-governador do Bengo para Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Domingos Guilherme, disse que na região dos Dembos estão identificados duas localidades onde foram enterrados os soldados do ANC, nomeadamente na “Mata de Saúde”, na localidade de Kimpungo e na “Casa Nova” na comuna do Piri.
Domingos Guilherme aproveitou a ocasião para convidar os empresários sul-africanos a investirem em Angola e em particular no Bengo nos domínios do Turismo, Indústria e Agricultura, porque a província possui terras férteis e boas condições climáticas e hídricas.
