A violência baseada no género aumentou drasticamente na África do Sul desde que o governo declarou o Estado Nacional de Desastre, para combater a disseminação do Coronavírus.
Apenas na semana passada, as autoridades anunciaram a morte de cinco mulheres pelas mãos de homens por elas conhecidos, segundo indica a CCTVPLUS.
Neste sentido, marchas de protesto contra a violência baseada no género agora se tornaram uma visão familiar no país. Neste sábado, os manifestantes marcharam até o prédio do parlamento sul-africano na Cidade do Cabo para exigir o fim da violência, fenómeno que aumentou durante a pandemia da COVID-19.
Mulheres e homens descontentes geralmente vão às ruas para expressar suas preocupações e listar suas demandas ao governo de forma violenta, desta vez, o movimento contra a violência baseada no género organizou um protesto pacífico nos Union Buildings, a sede do governo da África do Sul.
De acordo com a CCTVPLUS, os manifestantes disseram que estavam nas ruas para mostrar solidariedade às vítimas de violência e ao mesmo tempo para expressar sua raiva com a falta de mudança na situação.
“Esses actos violentos e desumanizadores praticados por homens assustaram nossa nação e instilaram medo nos corações e na vida de muitos de nós. Não queremos ouvir sobre outra vida sendo tirada por um homem. Não queremos ouvir sobre actos brutais e violentos cometidos por um homem. As promessas de mudança que ouvimos repetidas vezes não se cumpriram. Hoje, nós os lembramos novamente, basta”, disse Thandeka Mahlangu, um dos manifestantes, citado pela CCTVPLUS.
No início desta semana, o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa anunciou que 1,6 biliões de rands (cerca de 96,5 milhões de dólares americanos) seriam alocados para um plano de resposta de emergência que se concentrará na erradicação da violência de género no país