A selecção nacional de futebol da África do Sul conquistou o seu quinto título, na 20ª edição da Taça Cosafa-2021, ao vencer na final, disputada este domingo, no Nelson Mandela Bay Stadium, a sua similar do Senegal, por 6-4, na lotaria das grandes penalidades, depois do nulo registado no tempo regulamentar. Entretanto, a medalha de bronze pertenceu à selecção do eSwatini, que derrotou Moçambique por 4-2, também na lotaria das grandes penalidades, no jogo para a atribuição do terceiro e quarto lugares
Foi das mãos do presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Patrice Motsepe, que o capitão da selecção dos “Bafana Bafana” teve a honra de receber o quinto troféu, num dia em que o mundo comemorava o dia do ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela (Mandela Day).
Depois de ter assistido à final da Liga dos Campeões Africanos, que envolveu as equipas do Al Ahly e do Kaizer Chiefsno, sábado último, Motsepe chegou a tempo de assistir à grande final do Cosafa.
O Dia de Mandela, como também é conhecido, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Novembro de 2009, através de aprovação em Assembleia-Geral. A partir de então, a 18 de Julho – data do aniversário de Nelson Mandela – celebra-se a protecção dos direitos humanos, a igualdade entre as raças e etnias, a resolução dos conflitos entre povos e a integridade da humanidade.
O torneio, que vinha decorrendo desde o passado dia 4 de Julho, na cidade portuária de Port Elizabeth, África do Sul, teve o seu fim no domingo, com a tradicional cerimónia de atribuição de medalhas e troféus aos vencedores e vencidos.
No que a premiação diz respeito, coube ao primeiro classificado receber o valor de 500.000 rands (equivalente a 2.193.961 meticais), o segundo 250.000 rands (1.096.980 meticais), o terceiro 150.000 rands (658.188 meticais) e, por fim, o quarto com 100.000 rands, perto de 440 mil meticais, recebidos por Moçambique.
Na categoria dos prémios individuais, a bota de ouro recaiu para o atacante Victor Letsoalo, da África do Sul, que terminou o torneio com quatro golos marcados, enquanto o seu colega de equipa Veli Mothwa levou consigo as botas de ouro, por não ter sofrido um único golo sequer.
Por sua vez, Siyethemba Sithebe (África do Sul) foi eleito o jogador do torneio e agraciado com um cheque no valor de 20.000 rands, para além das medalhas e os troféus. A selecção do eSwatini conformou-se com o prémio “fair-play”.
Foi de resto, uma iniciativa aplaudida por parte da organização visto que tem o objectivo de estimular os participantes.
Lembrar que a África do Sul entrou para última jornada com a qualificação garantida e, no seu último jogo, anulou-se (0-0) frente a Zâmbia. Entretanto, o eSwatini carimbou o passaporte para a fase depois de empatar diante do Botswana por 1-1, terminando a fase de grupos como o segundo melhor classificado do Grupo “A”, com sete pontos, e os anfitriões com 10 pontos.
Já a convidada selecção do Senegal, que não se fez representar com a sua equipa principal, terminou a fase de grupos (B), líder com nove pontos, frutos de três vitórias e uma derrota, seguido de Moçambique, com sete pontos.
No rescaldo das 17 edições até aqui realizadas, Zâmbia e África do Sul são as selecções que já ganharam a competição mais vezes (4), seguidos por Angola com três conquistas.