Seis adolescentes de idades compreendidas entre 13 a 17 estão em conflito com a lei, na cidade da Beira, indiciados de fazer parte de uma quadrilha que se dedicava a assaltos a residências e nas via públicas com recurso a catanas, no bairro da Manga, em Sofala.
Os adolescentes foram neutralizados pelas suas próprias vítimas e depois foram encaminhados para a Polícia. Eles roubavam telefones celulares, televisores, entre outros bens fáceis de transportar.
Cansados de esperar pela actuação da policia, os moradores do bairro da Manga, decidiram agir e no último fim-de-semana neutralizaram seis dos oito elementos que integravam o grupo. Dois deles, tidos como os líderes do grupo, com idades superiores a 25 anos, fugiram.
Depois de neutralizarem a quadrilha, os populares levaram os assaltantes à sétima esquadra, no mesmo bairro.
Em contacto com à imprensa, esta quarta-feira, os adolescentes assumiram o envolvimento nos crimes mas alegaram que o fizeram sob ameaças dos supostos líderes da quadrilha depois de terem sido obrigados a consumir drogas.
“Eles obrigavam-nos a consumir soruma antes dos assaltos nas casas dos nossos vizinhos e os mais adultos e que entravam dentro das casas. Por vezes partilhavam connosco o que era roubado, noutras vezes não recebíamos nada”.
Uma das vítimas, que foi assaltada na noite do passado sábado, disse que reconheceu três dos assaltantes. “Lembro-me bem deles. Catanaram o braço do meu sobrinho porque este estava a resistir ao assalto. Roubaram-nos 43 mil meticais, cinco celulares e um computador que eu pretendia enviar para o meu filho que está a estudar em Nampula. Poderíamos linchá-los mas achamos melhor levá-los à polícia. Agora pedimos que a justiça seja feita”.
Marilto Peralto, porta-voz da PRM em Sofala, exortou aos pais e encarregados de educação a serem mais vigilantes e responsáveis
“Achamos muito estranho o facto de um pai não se preocupar com o paradeiro do seu filho durante altas horas da noite e pelo facto de desde que estes adolescentes chegaram aqui na esquadra, na noite de domingo, até hoje não terem aparecido.