A direcção do Incomáti de Xinavane solicitou, junto da Liga Moçambicana de Futebol, o adiamento do jogo que iria realizar este final de semana, diante do Desportivo de Nacala, devido a falta de jogadores para representarem a colectividade. É que os jogadores dos “açucareiros” entraram em greve, mais uma vez, reclamando atrasos salariais.
É a segunda greve que é feita pelos jogadores do Incomáti de Xinavane num espaço de um mês, e pelo mesmo motivo: incumprimento da direcção no pagamento dos honorários. Ou seja, três meses de salários em atraso, o que deixou desgastados os jogadores, que decidiram voltar a entrar em greve, depois que a direcção não tenha cumprido com a promessa de pagar os salários desde há um mês.
Para mais, devido a esta situação, a direcção dos “açucareiros” optou por dispensar os jogadores, maioritariamente da capital do país, até que seja ultrapassada a crise financeira que abala a colectividade. O vice-presidente da colectividade, João Figueiredo, confirmou a crise, sem especificar de que crise se trata. “O Incomáti está a enfrentar alguns problemas organizativos, aos quais estamos numa fase de tentativa de soluções e não ficaria bem aqui revelar quais são, mas são problemas organizativos”, revelou Figueiredo.
Por isso mesmo, a equipa não estaria em condições de realizar a partida deste domingo, diante do Desportivo de Nacala, em Nampula, referente a sexta jornada do Moçambola 2019, facto que levou a direcção presidida por João Figueiredo a pedir o adiamento do jogo, junto da Liga Moçambicana de Futebol.
Entretanto, a Liga ainda não se decidiu pelo adiamento do jogo, estando marcada para a tarde desta quarta-feira um encontro entre as partes, para avaliar o pedido dos açucareiros.
O Incomáti de Xinavane, recorde-se, está na segunda posição com nove pontos, frutos de duas vitórias e três empates. É, a par do Costa do Sol, uma das equipas que ainda não conhece o sabor da derrota.
Treinado por Artur Comboio, os açucareiros tiveram dois jogadores nos Mambas, que disputaram recentemente o torneio Cosafa, em Durban.