A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) diz estar preocupada com o impacto do ciclone Chido nas comunidades vulneráveis do país. Por isso, o órgão garante estar a trabalhar em estreita colaboração com o Governo de Moçambique e parceiros humanitários para fornecer assistência imediata.
“Nas primeiras 48 horas, a ACNUR forneceu assistência no maior centro de acomodação em Pemba, capital de Cabo Delgado, onde mais de 2600 pessoas receberam ajuda emergencial e itens essenciais, como cobertores, colchonetes, redes mosquiteiras e suprimentos de abrigo de emergência. A ACNUR também está a coordenar a prestação de serviços vitais de protecção aos mais vulneráveis”, explicou Eujin Byun, porta-voz da agência.
Dados preliminares das Nações Unidas indicam que cerca de 190 mil pessoas precisam urgentemente de assistência humanitária, 33 escolas foram afectadas e quase 10 mil casas foram destruídas. Em algumas aldeias, muito poucas casas permanecem de pé.
Falando esta terça-feira, em Genebra, Eujin Byun, a ACNUR teme que “o ciclone Chido possa sinalizar o início de uma estação chuvosa intensa e destrutiva, que historicamente trouxe ciclones e inundações severas para a região”.
O ciclone tropical Chido atingiu o Norte do país, no fim-de-semana, carregando consigo chuvas torrenciais e ventos fortes, que devastaram comunidades nas províncias de Cabo Delgado e Nampula.
O fenómeno destruiu casas, deslocou milhares de pessoas e danificou severamente estradas e redes de comunicação, dificultando os esforços de socorro.