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Académicos lançam livro sobre “Animação cultural”

Um dos factores importantíssimos para o desenvolvimento de país é a cultura. Por isso, Miguel Marrengula e João Mucavele, académicos e pesquisadores, resolveram publicar o livro “Animação sociocultural, desenvolvimento local e lideranças tradicionais em Moçambique”, num evento a ter lugar no lugar onde se encontra o memorial às vítimas do Apartheid, na Matola, no próximo dia 13, pelas 17 horas e 30 minutos.

O livro é produto de investigação dos académicos Manuel Marrengula e João Mucavele e surge da necessidade de se desenvolver programas de operacionalização da arte e cultura como instrumentos de intervenção para o desenvolvimento nas comunidades. Com esta obra, portanto, os autores querem que os líderes sejam agentes activos na resolução dos problemas.

Os autores centraram-se na comunidade porque vêm-na como centro da animação sociocultural. “O local tem a ver com onde as acções quotidianas ocorrem, e é na comunidade onde a vida ganha seu ritmo”, justificam os autores.

“Animação cultural” traz consigo conhecimento científico e vai ao encontro do conhecimento empírico da comunidade. Marrengula e Mucavele dizem que a ciência deve resolver os problemas que enfermam a comunidade, e um dos pressupostos da animação sociocultural é levar o conhecimento teórico para entender as práticas perpetradas pela comunidade no seu dia-a-dia.

Neste caso específico, os autores focalizam-se nas lideranças tradicionais como um ponto de partida. Os outros aspectos directamente ligados ao desenvolvimento e animação cultural serão produtos das próximas pesquisas, pois têm a ideia de, anualmente, produzir livro um sobre animação sociocultural.
Os autores pretendem também mostrar que a teoria e a prática não podem ser dissociadas. “Tem que haver uma relação harmoniosa entre ambas, para que nós, académicos, possamos ver e conviver com as comunidades para sentir e relacionar-se com os problemas que as comunidades têm”, afirmou Miguel Marrengula.

O livro engloba um estudo a sete distritos das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e Nampula, onde, segundo os autores, existe uma grande valorização da figura do líder tradicional.

 

 

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