Realista, mas nem por isso fatalista, a Associação de Basquetebol da cidade de Maputo (ABCM) reconhece que a decisão de cancelamento da final assim como do jogo de atribuíção do terceiro lugar no Torneio Nutrição foi “prudente” e “pertinente”.
Ciente de que em alta competição não podem haver desvios, ABCM lamentou o facto de “determinados clubes fazerem jogos nos bairros e, depois, aparecerem em provas sérias”.
Mas o que o organismo que tutela o basquetebol está, efectivamente, a fazer para que situações do genéro não façam escola? Eis questão colocada ao secretário-geral da Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo, Hélder Amiel. “Teremos que ser extremamente duros. Informamos aos clubes que, sem condições criadas, não iremos retomar as provas”, desabafou.
O cancelamento dos jogos, este sábado, após terem sido “detectados” casos positivos da COVID-19 em três equipas assim como aos juízes tira sono a ABCM que olha para esta medida tomada pela Comissão de Monitoria e Prevenção da Covid -19 no basquetebol como uma lição para o futuro. “É bom que isto tenha acontecido porque é sempre no princípio que temos que alinhavar as coisas e acertarmos as nossas provas com dignidade”, notou.
Uma garantia, no entanto, ficou: ABCM não decidiu apenas retomar as provas sem “observar o protocolo emanado pelas autoridades e pela Federação Moçambicana de Basquetebol”. E disse mais Hélder Amiel: “Nós temos estado a trabalhar com a Comissão liderada pela doutora Adélia Ndeve e a Secretaria de Estado de Desporto (SED)”.
ABCM diz que, dorante, será mais dura: “os clubes tem que seguir à risca as medidas de prevenção da COVID-19. Só depois das condições criadas é que iremos retomar as provas. Mas também iremos repensar o modelo competição que iremos adoptar ao nível do Campeonato da cidade”.
Aliás, o Campeonato da cidade movimenta mais equipas e é determinante que todas estejam em condições de cumprir, à risca, o protocolo sanitário dentro do calendário de jogos a ser definido nos próximos dias. ” Temos que fazer um protocolo global, olhando para o facto de movimentarmos um número maior de equipas quer nos masculinos quer nos femininos”.