Os jogos das meias-finais da Taça de Moçambique já foram disputados. E os finalistas também já foram encontrados. Tal como no ano passado, em que o primeiro e o segundo classificados do Moçambola foram os representantes do país nas competições africanas, nomeadamente o Ferroviário da Beira (campeão) na Liga dos Campeões e a União Desportiva de Songo (segundo classificado) na Taça Nélson Mandela ou Taça CAF, em virtude de ter conquistado a Taça de Moçambique, próximo ano os dois primeiros vão estar nas Afrotaças em representação da pátria amada.
União Desportiva de Songo, virtual campeão nacional, e Costa do Sol, vice-campeão nacional, estarão nas afrotaças. No caso concreto, se a União Desportiva de Songo vai na condição de campeão nacional, o Costa do Sol vai na condição de finalista da Taça de Moçambique, uma vez que vai defrontar o campeão nacional e mesmo em caso de derrota vai às Afrotaças, no lugar do vencedor.
Aliás, a festa no final do jogo entre o Costa do Sol e o Ferroviário de Maputo, que permitiu a chegada dos “canarinhos” à final da prova, graças à vitória nas grandes penalidades (8-7), é disso reflexo. Os adeptos, jogadores e equipa técnica sabem que o simples facto de chegar à final da Taça de Moçambique e, podendo defrontar a União Desportiva de Songo, já dava direito a uma participação na Taça CAF ou, taça Nelson Mandela.
Regresso de Maputo às Afrotaças
Esta presença do Costa do Sol na final da Taça de Moçambique, marca o regresso das equipas da capital do país as competições africanas. De resto, este ano foi a única vez que Maputo não teve nenhuma equipa nas Afrotaças.
Desde a Independência nacional, em 1975, somente em oito anos é que a capital do país não foi representado por uma equipa na Taça CAF, respectivamente em 2017 (UD Songo), 2015 e 2014 (Ferroviário da Beira), 2009 (Atlético Muçulmano da Matola), 2006 (Ferroviário da Beira), 2004 (Ferroviário de Nampula), 1992 (Clube de Gaza) e 1980 (Palmeiras da Beira).
Na liga dos campeões (anteriormente Taça dos Clubes campeões africanos de futebol), a capital não esteve nessa competição por apenas quatro anos, nomeadamente 2017 (Ferroviário da Beira), 2005 (Ferroviário de Nampula), 1982 (Têxtil de Púnguè) e 1977 (Textáfrica do Chimoio).