Os últimos casos de mortos por descargas eléctricas atmosféricas ocorreram em menos de duas semanas. Na sequência cinco pessoas morreram por descargas atmosféricas no distrito da Maganja da Costa no passado dia dois do mês em curso por volta das 19 horas quando membros da mesma família encontravam-se em pleno descanso na sua residência.
Dois dias depois, concretamente dia quatro, mais três outros óbitos também por descargas eléctricas atmosféricas regista-se na Zambézia desta feita no distrito do Ilê. Na sequência três pessoas que se supõe que sejam da mesma família perderam a vida depois de atingidos por descargas atmosféricas.
Assim totalizam um total de 14 óbitos só por descargas eléctricas atmosféricas na província da Zambézia desde que iniciou em Outubro do ano passado a época chuvosa. Este facto deixa preocupado as entidades governamentais nomeadamente o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) que refere que aquela intempérie está a ter registo um pouco pela província da Zambézia com destaque para os distritos localizados na zona Norte da província.
"De facto estamos preocupados com está situação para além de mortes por descargas atmosféricas também tivemos um por arrastamento quando um cidadão tentava fazer travessia ao longo do Rio Nassupa localizado no distrito de Gurué" disse Barbosa da Silva, chefe do Departamento técnico na Delegação do INGC adiantando que neste momento a chuva e os ventos continuam a se fazer sentir e por isso os trabalhos em curso visam persuadir a população a se abrigar em locais seguros.
O porta-voz da PRM, Sidner Lonzo diz que logo depois da ocorrência dos cinco óbitos do distrito da Maganja da Costa a polícia tratou de imediatamente recolher os corpos e coloca-los na morgue do hospital local para cerimônias subsequentes.
"Tratamos de levar os corpos a morgue mas é fundamental dizer que não se compreende estás mortes por descargas atmosféricas na nossa província, temos que estar atentos quanto às descargas atmosféricas, sempre que ocorrer temos que nos abrigar para evitar cenários de luto".
Números de afectados estacionários na Zambézia
Desde a ocorrência do vendaval que assolou o distrito de Gurué e Nicoadala com números aproximados de 200 afectados, os números continuam estacionários. No terreno é visíveis os estragos das habitações e destruições de árvores devido ao vendaval. O INGC está no terreno a fazer a sua actividade no quadro de identificação das famílias para possíveis apoios em função do contexto no terreno.
Das 61 famílias um total de 15 famílias assoladas pelo vendaval receberam matérias básicos nomeadamente colchões, esteiras, ferramentas para erguer suas habitações entre outros utensílios essenciais para retorno da vida normal.