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Governo quer expandir acesso à internet para mais de 50% da população até 2028

Foto: O País

O Banco Mundial vai desembolsar cerca de 200 milhões de dólares para apoiar o país no processo da digitalização. Até 2028, o Governo pretende aumentar a cobertura para que mais de 50% da população, sendo cerca de dois milhões de pessoas nas zonas rurais, tenha acesso à internet.

No país, apenas cerca de sete milhões de pessoas têm acesso à internet, do total estimado em 30 milhões da população moçambicana. E nas zonas rurais, um terço da população vive em locais onde sequer há sinal e não têm habilidades para o uso da internet.

A preocupação é do Ministério dos Transportes e Comunicações, que pretende reverter o cenário, com o lançamento do projecto de Aceleração Digital de Moçambique.

“Reconhecemos que, para além do acesso aos serviços de internet, é preciso que a população tenha a literacia digital e consiga possuir algum equipamento electrónico para aceder à internet. A nossa convicção é de que a transformação digital irá influenciar, em grande medida, o cumprimento da meta sobre as tecnologias de informação e comunicação, bem como dar suporte para acelerar a implementação dos 17 Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) emanados pelas Nações Unidas”, disse Mateus Magala, ministro dos Transportes e Comunicações.

Trata-se de um projecto que prevê, nos próximos seis anos, garantir que pelo menos 50% da população tenha acesso à internet em todo o país e alargar a cobertura nas zonas rurais, para mais de dois milhões de pessoas que não têm acesso ao sinal de telefonia móvel.

“Com a implementação destes projectos, o povo moçambicano usufruirá de melhores serviços digitais prestados de forma segura, privilegiando a internet de banda larga, o acesso à informação e serviços digitais nas diversas áreas económicas e sociais, contribuindo para o desenvolvimento do país”, explicou Daniel Nivagara, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Neste projecto, o país conta com o apoio do Banco Mundial, que vai investir cerca de 200 milhões de dólares.

“Acreditamos que os sistemas digitais têm uma função transversal e que vão apoiar muitos sectores, por isso é indispensável contar com a liderança do Governo e com o apoio do sector privado”, disse Zayra Romo, representante do Banco Mundial.

O projecto de Aceleração Digital de Moçambique foi lançado, esta segunda-feira, na Cidade de Maputo, e conta com a parceria dos ministérios da Ciência e Tecnologia, Educação e Desenvolvimento Humano e Secretária de Estado do Ensino Técnico Profissional.

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