A Renamo diz que o Governo deve rever as políticas económico-agrárias para resolver a pressão e evitar a subida de produtos e reajustar os salários dos sectores informal e privado.
O alto custo de vida agravado, recentemente, pelo aumento do preço dos combustíveis e de produtos alimentares de primeira necessidade gera preocupação a vários sectores e famílias.
Sobre a situação, o partido Renamo diz que o Governo precisa de criar mecanismos para conter o encarecimento de produtos alimentares, e não somente subsidiar os transportes de passageiros.
“A melhor solução está nas boas políticas no âmbito dos transportes e na criação de condições para que os moçambicanos, que trabalham nos sectores informal e privado, tenham um salário digno, que responda ao actual custo de vida” explica o presidente do conselho jurisdicional da Renamo, Saimone Macuiana.
Macuiana diz que a crise económica pode ser resolvida se a agricultura no país for mais robusta para o consumo nacional e afirma que o povo sofre por más políticas económico-agrárias.
“Se nós tivéssemos uma agricultura desenvolvida, como consta da constituição, teríamos alimentos suficientes para alimentar a população e não seria necessário importar tomate, cenoura nem cebola”, defendeu a Renamo.
O maior partido da oposição considerou, ainda, que a conversa telefónica entre o Presidente da República e o seu homólogo ucraniano devia ter sido um momento para o país tomar uma posição relativamente ao conflito russo-ucraniano.
“O Governo moçambicano mostrou-se neutro em relação à guerra, num implícito comportamento de falta de solidariedade para com o povo ucraniano e, por isso, preocupa-nos a maneira pouco clara da tomada de posição do Governo ”, explica Macuiana.
A Renamo lança um pedido: “reafirmamos o nosso apelo ao governo de Moçambique para que, de forma clara e pouco dúbia, em nome dos moçambicanos, sem excepção, condene a guerra movida pela Rússia contra a Ucrânia”.
Saimone Macuiane falava, ontem, a jornalistas, na Cidade de Maputo.