Em Novembro do ano passado, professores de diversos subsistemas de ensino não auferiram os seus ordenados referentes ao mês de Novembro de 2021, na província de Manica.
Na altura, a justificação dada foi a de que houve falhas no sistema de pagamento de salários, tendo alguns valores irrisórios, que variam de 20 a 600 Meticais.
A situação está a provocar um descontentamento generalizado no seio da classe docente, e parte desta escreveu uma exposição ao executivo da província de Manica a exigir explicações ou o dinheiro que lhes é devido.
Sete meses depois, a resposta veio através do Serviço Provincial de Economia e Finanças, numa nota emitida pela governadora de Manica, a que “O País” teve acesso, segundo a qual, “no âmbito do processamento de salários e remunerações referentes ao mês de Novembro de 2021, algumas folhas não foram carregadas devido a problemas técnicos verificados no e-SISTAFE. Apesar das comunicações feitas pela província ao Ministério da Economia e Finanças (MEF), não foi possível solucionar o problema no ano passado”.
Mais adiante, o documento refere: “vimos pela presente informar que recebemos o valor de 29 558 232,30 Mt (Vinte e nove milhões, quinhentos e cinquenta e oito mil, duzentos e trinta e dois meticais, trinta centavos), para garantir o pagamento da dívida salarial em causa”.
Mesmo assim, segundo a nota a que fazemos referência, o valor não cobre o pagamento das horas extraordinárias, embora o facto tenha sido reportado ao Ministério de Economia e Finanças.
Ao todo, são cerca de oito mil professores afectados nos distritos de Guro, Manica, Macossa, Machaze, Mossurize, Tambara e Vanduzi.