De acordo com o índice Ibrahim de Boa Governação 2018, os países africanos continuam numa trajectória ascendente quando ao nível de boa governação. A informação foi revelada hoje num relatório da Mo Ibrahim onde destaca 15 entre 54 países que impulsionam o progresso.
O documento mostra que o índice alcançou a pontuação mais alta dos últimos dez anos desde 2008, somando 49,9 numa escala de 100, mais um ponto em relação aos 48,8 pontos de 2008.
Esta melhoria na governação ao longo da década foi verificada em 34 países representativos de 71,6% da população africana, mas não foi acompanhada por 18 países que pioraram a pontuação registada há 10 anos atrás, escreve o Notícias ao Minuto.
Quénia, subiu de 19.º lugar para 11.º na tabela de 54 países, Marrocos 25.º para 15.º e Costa do Marfim 41.º para 22.º foram os que registaram uma maior promoção, beneficiando quase metade da população do continente.
Entre os países lusófonos, Cabo Verde continua a ser aquele com melhor classificação, tendo subido novamente ao terceiro lugar, sendo apenas superado pelas Ilhas Maurícias.
O segundo país lusófono mais bem classificado é São Tomé e Príncipe, em 12.º lugar, refletindo um progresso ligeiro, seguindo por Moçambique, que, apesar do 25.º lugar, é considerado também estar em deterioração acelerada.
Em 42.º lugar, a Guiné-Bissau mostra uma melhoria significativa, mas Angola, em 45.º, dá sinais preocupantes, e a Guiné Equatorial, no 48.º, mostra que a tendência negativa desde 2008 se acentuou nos últimos anos.
O relatório conclui que os principais fatores da governação pública são um equilíbrio entre as dimensões de governação e um "foco mais forte na responsabilidade, nos direitos dos cidadãos e no bem-estar social".