Vodacom garante estar sensível à situação da TMcel, mas diz que vai continuar a exigir o seu dinheiro. A empresa de telefonia móvel privada diz porém que em caso extremo não irá cortar a ligação com a TMCEL, mas sim, alguns serviços.
A novela da dívida da Tmcel em relação à Vodacom, no valor de 600 milhões de meticais, ainda está longe do seu desfecho. Nesta quarta-feira, o PCA diz que a empresa privada não irá parar de exigir o que é seu.
“Há uma dívida que deve ser saldada, queremos encontrar uma solução que seja benéfica para a nossa empresa, mas que também permita com que a Tmcel cumpra os seus compromissos de forma sustentável, por isso nos mantemos abertos para o debate”, defendeu Nuno Quelhas, PCA da Vodacom, para depois avançar que “uma interrupção a 100 por cento nunca acontecerá, acho que é nosso dever para com a sociedade moçambicana mantê-la ligada. Pode haver limitações de alguns serviços, se não houver o pagamento”, detalhou.
Entretanto, a Vodacom diz que fará o seu melhor para não prejudicar os clientes. “Estamos preocupados com esta situação e estamos a fazer um esforço, porque queremos garantir que esta situação não provoque grandes danos para a sociedade moçambicana. O cidadão tem direito de aceder a esses serviços de forma constante. Estamos numa fase de debate, há trabalho que está a ser feito para que ambas as partes saiam satisfeitas dessa situação”, revelou.
Sem avançar muitos pormenores, Nuno Quelhas disse, ainda, que a dívida está a afectar o normal funcionamento da empresa. “Qualquer dívida não paga cria dificuldades, qualquer empresa, que tenha um pressuposto, terá uma quantidade X de dinheiro e, quando tal não acontece, cria dificuldades para colocar em prática os planos de investimentos”, disse.
Lembre-se que, do último encontro ocorrido a 18 de Julho, ficou decidido que a Tmcel deve apresentar uma proposta sólida e convincente para saldar a dívida em 10 dias contados desde aquela data.