Mais de seis mil famílias queixam-se das péssimas condições de vida provocadas pela poluição ambiental na mina dois da Vale, no distrito de Moatize, província de Tete, a mais de 5 anos.
Como consequências, os moradores dizem que mensalmente pelo menos uma pessoa morre vítima de doenças provocadas pela poluição.
A denúncia foi feita esta quarta-feira, pelos representantes das seis mil famílias afectadas pelas poeiras do carvão mineral. Trata-se dos residentes dos bairros Bagamoyo e Nhantchere que dizem estar cansados dos estragos provocados durante a actividade da mina, durante a extração de carvão.
Maria José, residente no bairro Nhantchere, diz que mensalmente pelo menos uma pessoa perde a vida vítima de doenças provocadas pela poeira.
A Coligação Cívica de Indústria Extractiva (CCIE), através da sua representante, Fátima Mimbirri, manifestou o seu total apoio e solidariedade para com as comunidades de Moatize, e incentiva a Assembleia da República (AR) e a Comissão Nacional de Direitos Humanos a tomarem medidas urgentemente
Lembre-se que as comunidades que vivem nas proximidades da empresa Vale Moçambique decidiram há dias vandalizar parte da vedação e invadir a área de extracção do carvão mineral, na mina-2. O objectivo da evasão foi de forçar a paralisação das máquinas.