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Mercado de seguros cresceu cerca de 23% em 2017

O sector de seguros em Moçambique registou uma receita de 13 mil milhões de meticais (cerca de cerca de 213,4 milhões de dólares ao câmbio corrente) em 2017, contra 10 mil milhões em 2016, cifra que representa um crescimento de 22,7 por cento, segundo noticia a AIM.

O ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, explica que o crescimento não só ocorreu em termos de volume do produto, mas também no número de operadores no país.

O governante, que falava durante a abertura do IV seminário sobre o sector segurador em Moçambique, lamenta, porém, o facto de a participação deste sector na economia do país ainda estar muito aquém do desejado, pois a mesma situa-se em 1,62 por cento, contra a média de seis por cento na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, (SADC).

Por isso, recomendou Maleiane, “a entidade de supervisão deve reforçar o seu papel como garante do cumprimento do quadro legal que propicia a saúde financeira dos operadores, a promoção dos novos produtos que inclua a população da baixa renda, para garantir maior protecção e também aos pequenos rendimentos sobretudo para termos uma estabilidade na indústria de seguros”.

Por outro lado, destacou que a sociedade precisa de saber da existência deste elemento que, futuramente, pode ser útil. Para o efeito, desafia as seguradoras a chegarem junto aos vendedores de rua e mercados, por exemplo, para incutir ideia de criarem um capital mínimo que garanta o seu rendimento na eventualidade da ocorrência de um infortúnio.

“É preciso que as seguradoras tenham esta capacidade e trazer todos estes elementos para os seguros. Os operadores devem garantir uma gestão sã e prudente na capitalização das suas empresas, contínua capacitação dos quadros para melhor responder à crescente procura de seguros, incluindo a cobertura de riscos de grande dimensão”, disse.

Ressaltou a importância de garantir a efectividade dos seguros em relação a responsabilidade civil obrigatória e sobre a necessidade de um trabalho combinado entre a autoridade de supervisão, os operadores e a instituições competentes de fiscalização, no sentido de mobilizar os cidadãos a aderirem a responsabilidade civil automóvel, de acidentes trabalho, de doenças profissionais entre outras.

Já a porta-voz do Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique, Francelina Tovela, reconhece a necessidade de as companhias de seguro criarem produtos mais atractivos à população de baixa renda, bem como facilitar as modalidades de pagamento.
Tovela  referiu ainda que as seguradoras devem estar capacitadas para assumir os riscos de grande dimensão em resposta aos novos investimentos na área de recursos minerais.

“Nós sabemos que o nosso país descobriu recentemente recursos naturais e que precisam de uma actuação muito mais avançada e não só, as próprias seguradoras têm que ter capacidade financeira para poderem fazer face a estes riscos”.

Para o efeito, disse que urge a capacitação das seguradoras para assumir estes riscos e também criar uma capacidade interna para poderem responder as necessidades em caso de sinistros.
Estatísticas de 2017 indicam que o país contava com 20 companhias de seguros, uma resseguradora, uma micro-seguradora, cinco entidades gestoras de fundos de pensões complementares e 631 mediadores de seguros, entre correctores, agentes e promotores.

 

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