A partir de 2030, não haverá novas admissões de trabalhadores para as minas e farmas da África do Sul. A informação foi revelada, ontem, pela ministra do Trabalho e Segurança Social, no âmbito do lançamento da campanha de inscrição de mineiros moçambicanos naquele país para o Instituto Nacional de Segurança Social.
A ministra do Trabalho e Segurança Social começou por lançar um alerta, segundo o qual as minas da África do Sul poderão fechar-se para os novos trabalhadores.
“Os empregadores mineiros, até 2030, vão diminuir o número de trabalhadores, mas até lá nenhum moçambicano vai perder o seu emprego”, garantiu a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa.
Até podem não perder o emprego, mas o futuro é cheio de incertezas, daí a importância de fazer o desconto para o Instituto Nacional de Segurança Social. “Os trabalhadores que estão nas farmas ou minas da África do Sul devem aderir ao sistema de segurança social, que garante o futuro do trabalhador. Amanhã, pode não ter mais idade para trabalhar, mas você descontou sete por cento do seu salário durante algum tempo. Futuramente, será calculada a sua pensão e, todos os meses, você vai receber o seu dinheiro e onde estiver”, explicou Margarida Talapa.
É esta explicação que a titular da pasta do Trabalho e Segurança Social deu aos mineiros na África do Sul no lançamento da campanha de inscrição daquele grupo ao INSS que será feita por conta própria.
“A segurança social de Moçambique não pode inscrever empresas sul-africanas. Portanto, eles estarão integrados no sistema de segurança social por conta própria. Logo que a pessoa é inscrita no sistema, fica gerado, automaticamente, um código de acesso e, através do mesmo, o trabalhador terá acesso ao pagamento das suas pensões”, detalhou o director-geral do INSS, Joaquim Moisés Siúta.
Margarida Talapa apelou às empresas sul-africanas para que recrutassem trabalhadores legalizados para melhor controlo por parte do Governo moçambicano.