Os dados recolhidos com base na amostra do inquérito mensal aos estabelecimentos hoteleiros no país, mostram uma diminuição de 2,5% no fluxo de hóspedes, no fecho do segundo trimestre deste 2018, em comparação com o período homólogo do ano anterior.
Sem, no entanto, avançar números dos hóspedes que deram entrada nos hotéis moçambicanos no período em análise, o Instituto Nacional de Estatística (INE) apenas refere na sua síntese sobre conjuntura económica, a que "O País" teve acesso, que as dormidas reduziram 4,1%, em resultado da queda do fluxo de estrangeiros que teve uma redução de 8,6%, contra o incremento de 0,6% das dormidas de hóspedes nacionais.
Quanto ao trimestre homólogo, ou seja, segundo trimestre de 2017, houve um crescimento de 10,6%, decorrente do crescimento das dormidas, quer de hóspedes estrangeiros, quer de nacionais em 17% e 5,1%, respectivamente.
Contudo, e de acordo ainda com o INE, a má performance do sector hoteleiro não influenciou o volume global de negócios deste ramo de actividade económica entre Abril e Junho do corrente ano.
Concretamente, o volume de negócios do sector de restauração, alojamento e serviços similares no segundo trimestre de 2018, cresceu em termos homólogos na ordem de 12,2%. Relativamente ao trimestre anterior, decresceu em cerca de 0,3%.
Evolução do saldo comercial de bens
Fora do campo interno, dados provisórios sobre o comércio externo indicam que no segundo trimestre de 2018, o défice da balança comercial de bens fixou-se em cerca de 362 milhões de dólares norte-americanos, sendo a taxa de cobertura de 78,4%.
Tanto as exportações assim como as importações aumentaram em 12,4% e 30,1%, respectivamente, quando comparadas às do trimestre homólogo de 2017, indica o Instituto Nacional de Estatística.
Este comportamento aconteceu num período em que a economia moçambicana manteve a tendência de melhoria.
O agravamento de preços de bens essenciais situou-se em 3,3%, face ao trimestre homólogo de 2017 e 1,5%, em relação ao trimestre anterior.
O mercado monetário interno para maturidade de um ano, durante o período em observação, ostentou uma taxa média de juros estimada em 25,5%, nas operações activas e 16,4%, nas passivas.
Ao longo do II Trimestre de 2018 face ao anterior, o Metical relativamente às principais moedas de referência para o país, teve tendência de valorização que se traduziu por variações de menos 1,3%, (-6,4%) e (-4,2%) face ao Dólar americano, Rand sul-africano e Euro, respectivamente e, em termos homólogos, teve uma apreciação de 4,3% face ao Dólar americano e desvalorizou-se 0,14% face à moeda sul-africana e 3,8% em relação ao Euro.