O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) sugere a redução em cinquenta por cento das tarifas que deverão ser aplicadas nas novas portagens da Estrada Circular de Maputo, a partir de 01 de Fevereiro. O partido do galo considera que os preços afixados são um roubo ao bolso dos cidadãos.
O segundo maior partido da oposição no país ouviu o anúncio dos preços a serem aplicados nas quatros portagens da Estrada Circular de Maputo e não se manteve indiferente. Repudia as taxas por considerá-las injustas e insuportáveis para os cidadãos.
“O MDM insta à Procuradoria-geral da República e ao Tribunal Administrativo a travarem este negócio criminoso. Defendemos a redução em 50 por cento dos preços e a criação de vias alternativas para salvaguardar o princípio de igualdade”, propôs o porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique, Augusto Pelembe.
O partido do “galo” diz, ainda, que a proposta de descontos para os usuários frequentes das quatro portagens não passa de uma propaganda enganosa. “Reiteramos que a entrada em funcionamento destas portagens agrava o custo de vida. Assim, os mais pobres, a população que, com tanto sacrifício conseguiu adquirir uma viatura, fica limitada com estas portagens”, indicou Augusto Pelembe.
O representante daquele partido sustenta o posicionamento com o facto de, “além de serem excessivas, estas portagens terão taxas inacessíveis. Mais: o discurso de que os preços serão baixos e há descontos, não passa de um engano num esquema que visa alimentar certos grupos de interesse”.
O Movimento Democrático de Moçambique afirma não estar contra o princípio utilizador-pagador, mas não concorda com os moldes propostos pelo Governo. “O MDM lança repto à REVIMO e outras empresas interessadas a identificarem troços intransitáveis ao longo da Estrada Nacional nº 1, reabilitem e instalem portagens. De contrário, estamos perante um Governo oportunista, clientelista que pretende cobrar taxas de portagens numa estrada construída e paga com os impostos do povo”, exortou Augusto Pelembe.
O partido critica, igualmente, a criação da empresa que gere as vias concessionadas, a Rede Viária de Moçambique, que, no seu entender, não houve nenhuma transparência e muito menos um concurso público.