Já há orçamento para a activação da Força em Estado de Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado. São 12 milhões de dólares, acima de 900 milhões de meticais. O montante foi anunciado ontem, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros do bloco regional.
O Conselho de Ministros da SADC reuniu, nesta segunda-feira, em sessão extraordinária, que analisou o orçamento para o destacamento da Força em Estado de Alerta da SADC para apoiar no combate ao terrorismo que afecta parte da zona norte de Cabo Delgado.
A cimeira foi dirigida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, na qualidade de presidente em exercício do órgão. “O órgão reuniu, em sessão extraordinária, com objectivo de
analisar aspectos relacionados com a meterialização das decisões da Cimeira da Troika, realizada em Maputo”, confirmou António Macheve, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
O países membros do bloco regional da África Austral estão neste momento, no processo de ractificação e avaliação dos mecanismos de ajuda a Moçambique para travar o terrorismo.
Uma avaliação recente, de uma equipa de peritos da região concluiu que o país precisa, com carácter imediato, de 2.916 militares, subdivididos e 1.860 elementos de três batalhões de infantaria ligeira, 140 elementos de duas unidades de forças especiais e 120 de uma equipa de comunicações.
A proposta inclui ainda unidades de engenharia militar e logística, que seriam compostos por 100 efectivos, cada, dois navios de patrulha, um submarino, um avião de vigilância marítima, seis helicópteros, dois drones e quatro aviões de transporte.
Não há qualquer confirmação oficial, contudo, analistas supõem que esta é a base pela qual o Conselho de Ministros esteve a analisar os custos e com o que cada país poderá intervir.
Ruanda em prontidão
O Ruanda tem planos de envio de tropas para ajudar Moçambique a lutar contra a insurgência que atormenta a província de Cabo Delgado, norte do país, escreve a agência Bloomberg.
“Há planos de envio, mas os planos ainda não foram finalizados”, disse à Bloomberg o porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda, Ronald Rwivanga, na semana passada.
No entanto, ainda não há qualquer confirmação de autoridades, nem nacionais, muito menos regionais, de contactos neste sentido.