Vítimas de inundações em alguns bairros da Matola reassentadas em Ndlavela queixam-se de problemas de alimentação e dizem estar preocupadas com a morosidade no processo de reassentamento.
Aliás, os acomodados naquele centro de trânsito referiram que só têm uma refeição diária. Diante das condições que estes enfrentam, o reassentamento definitivo é a única solução.
O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades reagiu às reclamações sobre as más condições colocadas pelos reassentados de Ndlavela, considerando-as de infundadas, uma vez que desde que o centro foi aberto nada mudou. No entanto, concorda que há uma demora no reassentamento definitivo, o que dever ser resolvido pelo Município da Matola.
“Não sei de que se trata porque as condições que foram criadas são as mesmas desde que o centro foi aberto; garantimos a alimentação, tendas para abrigo, água, saneamento, segurança e saúde. Portanto, essas condições mantém-se intactas desde que o centro foi aberto”, explicou Rocha Nuvunga, Delegado do INGC na província de Maputo.
Ainda assim, Nuvunga reconhece que houve alguma reclamação de que, eventualmente, teria havido diminuição ou redução do número de refeições, mas não constitui a verdade pois, “no essencial, nós fazemos matabicho, almoço e o jantar. Até aqui, o INGC tem estado a garantir todas as condições. Não existe problemas de ruptura do stock”.
Contudo, a única queixa que o INGC considera como válida diz respeito a morosidade no reassentamento definitivo dos reassentados, dependendo esta situação do Município da Matola.
“A preocupação que temos e partilhamos com as populações reassentadas é a demora que se verifica no reassentamento definitivo. Aquilo que temos estado a dizer é que a manutenção de um centro concebido como um centro de trânsito por um tempo indeterminado tem custos elevadíssimos”, lamentou Rocha Nuvunga.
Em relação a esta questão, Nuvunga garantiu que está a acompanhar o esforço do Município da Matola, mas que o mesmo teve alguns constrangimento porque as populações de Mualaze não estão a ceder.
O Centro de Reassentamento de Ndlavela está aberto há mais de dois meses, aquando da queda de chuvas que desalojaram alguns residentes do Município da Matola.