As universidades moçambicanas estão a desenvolver um projecto denominado CLIMATEU, cujo objectivo é tornar estas instituições de ensino superior cada vez mais promotoras de pesquisas sobre as mudanças climáticas.
Moçambique é, segundo a Organização Não-Governamental GermanWatch, o país mais vulnerável às mudanças climáticas em todo o mundo. A ocorrência das tempestades Chalane, Eloise e dos ciclones Idai e Kenneth é o exemplo disso.
São estas e outras razões que levam as universidades a buscarem soluções capazes de reduzir os efeitos das alterações do clima.
Patrício Langa, coordenador do projecto, apontou para a introdução, nas instituições de ensino superior, de cursos ligados ao meio ambiente, tal é o caso de educação e engenharia ambiental.
“A universidade, por tradição, ensina e dela as pessoas aprendem. Mas tem também uma outra componente importante que é a investigação e isso é notavel, por exemplo, com os currículos que vão sendo introduzidos”
Para Langa, as pesquisas, que se pretendem, devem ter resultados positivos e devem, para além dos factores das alterações climáticas como aquecimento global, procurar estudar as acções humanas sobre o ecossistema.
“Há uma dimensão humana tremenda na questão das mudanças climáticas. Portanto, há milhares e milhares de pessoas que não acataram mensagens sobre o cuidado com o meio ambiente”, disse Patrício Langa.
Ainda na senda de reverter o actual cenário em que o país se encontra, o coordenador do projecto aponta para a necessidade de outras instituições, sobretudo de tomada de políticas, acolham iniciativas pro-ambientais desenvolvidas pelas universidades.
Desenvolvido pela Universidade Eduardo Mondlane, Universidade Lúrio e Católica, o projecto está orçado em cerca de 1.9 milhões de libras do Fundo britânico Para Pesquisa e Inovação e Fundo Global Para Pesquisa e Desenvolvimento.